Esta semana será marcada por protestos dos petroleiros nas plataformas de exploração de petróleo em alto mar, num alerta da categoria contra o projeto que tira a exclusividade da Petrobras no pré-sal, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), e a redução de investimentos da companhia.
Um manual de procedimentos com vários itens está sendo distribuído aos trabalhadores da estatal que vão participar das mobilizações em alto mar. A principal manifestação será na sexta-feira (24), quando realizam greve de 24 horas sob esquema de manutenção das atividades coletivas de segurança e proteção aos sistemas operacionais.
A primeira manifestação está marcada, no entanto, para terça-feira (21) e objetiva atrasar o início dos trabalhos em duas a três horas na troca de turnos.
“O Sindipetro orienta os petroleiros das plataformas que atrasem o início do trabalho para realizarem concentrações em áreas comuns da unidade, como helipontos, e fazerem fotos com cartazes e faixas com frases contra o Plano de Negócios da Petrobras e em defesa do sistema de Partilha para o Pré-sal”, destaca o comunicado do sindicato.
De acordo com nota do Sindipetro Norte Flumimense (NF) veiculada nesta segunda-feira (20) pelo portal da Federação Única dos Petroleiros (FUP) na internet, a agenda integra o calendário nacional de mobilizações nas áreas de exploração e produção (E&P) da companhia.
A movimentação prévia para a greve nas plataformas terá início na noite anterior, às 20h do dia 23 (quinta-feira), quando reuniões de dois grupos distintos de petroleiros começam a organizar a mobilização. O planejamento da categoria prevê para as 23h do mesmo dia o início de plenária na sala de controle, quando entregam formalmente as plataformas às autoridades embarcadas da Petrobras.
A orientação é que a concentração se desloque em seguida para local público e amplo da unidade, como cinema e quadra de esportes. “A greve é com entrega da operação e a decisão de parar, se acontecer, é sempre da empresa nesse tipo de mobilização”, alerta o comunicado dos petroleiros.
“No momento da entrega, se os prepostos alegarem não ter condições técnicas e entenderem necessária a parada para preservar a segurança, os trabalhadores devem se colocar à disposição para realizar a parada segura da unidade”, alerta a organização.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias