Diversos parlamentares do PT manifestaram preocupação, nesta terça-feira (8), com os casos de violência policial no Brasil. As declarações foram dadas após a divulgação sobre fortes indícios de que os cinco jovens encontrados mortos em Mogi das Cruzes (SP) neste domingo (06) foram assassinados por policiais.
Os jovens haviam desaparecido no dia 21 de outubro, quando supostamente iam para uma festa. Ao lado dos corpos foram encontrados cartuchos de pitolas .40, de uso exclusivo da Polícia Militar (PM) de São Paulo.
Registros da própria corporação indicam que policiais militares consultaram os dados de dois dos cinco jovens assassinados no dia do crime.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse ser “urgente acabar com os autos de resistência, desmilitarizar e reformar as polícias”.
Para a deputado federal Paulo Teixeira (PT-SP) cobrou a punição dos responsáveis. Ele reiterou que é preciso descobrir “quem foi” que matou os jovens.
A deputada Margarida Salomão (PT-MG) lamentou a morte dos cinco jovens e lembrou que há indícios de que, no momento da execução, um dos rapazes estava com as mãos amarradas. “Triste realidade, retratada diariamente no noticiário”.
Ela relembrou que “a polícia mata no Brasil em seis dias o que a polícia do Reino Unido mata em 25 anos, conforme aponta levantamento do The Guardian”. “Segundo o 10º Anuário de Segurança Pública, nove pessoas morrem diariamente no país em consequência de intervenções policiais”.
“De acordo com dados do Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos da Defensoria Pública de SP, mais de 90% dos casos classificados como resistência seguida de morte são arquivados sem nem mesmo ir a julgamento. Esses homicídios são arquivados pelos promotores, mostrando que a morte de milhares de jovens cometidas pela polícia é na prática pactuada com o estado e a justiça”, completou a deputada.
Da Redação da Agência PT de noticias