O partido espanhol Podemos lançou hoje uma nota que denuncia os sucessivos ataques à democracia brasileira. O texto retoma o Golpe de 2016 com a retirada da então presidenta Dilma Roussef, as declarações do general Villas Boas, os ataques à caravana de Lula no sul do país e as sentenças políticas anunciadas pelo judiciário brasileiro. Ao final afirmam: Essa situação é muito preocupante em um país do tamanho e da relevância política do Brasil, em um contexto regional em que as violações dos direitos humanos e o autoritarismo não param de crescer.
“O julgamento contra Lula vem de tempos e em todas as suas fases tem sido baseado em irregularidades. A sentença de Moro, no início deste processo, baseada principalmente em confissões interessadas e sem evidência material, mostrou uma disposição de condenação extrajudicial. É muito difícil não ver por trás dessa perseguição interesses políticos que protegem elites do que, segundo todas as pesquisas, quer a maioria do povo brasileiro: o retorno de Lula e do PT à presidência”, escreveu o partido em nota.
o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC) afirmou que, “dada a grave evolução da situação no Brasil”, seria entregue nessa sexta-feira (6) na Embaixada do Brasil, em Lisboa, uma “tomada de posição de protesto subscrita por várias organizações”. O documento tinha o título de “Solidariedade com Lula da Silva e o povo brasileiro. Contra o golpe – pela democracia”, defendendo que “a negação do habeas corpus e a ordem de prisão contra Lula da Silva constituem mais um passo no desenrolar do golpe de Estado institucional no Brasil, iniciado com o afastamento, ilegítimo e escandaloso, da presidente Dilma Rousseff, em 2016”.
As organizações assinantes afirmam a urgência de “dar expressão a mais ampla denúncia deste vergonhoso e gravíssimo processo antidemocrático, desmascarando igualmente a campanha de desinformação e manipulação mediática que lhe dá cobertura”.
No Reino Unido, diversos parlamentares ingleses, intelectuais e ativistas de direitos humanos publicaram uma carta assinada no jornal inglês The Guardian, que protestou contra a ameaça de prisão a Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que “o destino de Lula é exatamente o mesmo da democracia brasileira”.
O documento também ressalta que, desde o golpe que vitimou a presidenta Dilma Rousseff, o ex-presidente foi “sujeitado a uma campanha coordenada contra ele, na qual seus direitos humanos mais básicos foram violados. Por conta disso, Lula foi sujeitado a perseguição judicial e uma condenação política”. “Nós acreditamos que o povo brasileiro deve poder decidir sobre seu futuro”, conclui a carta, que é assinada por quatro deputados, dois senadores e diversos sindicalistas, advogados, professores universitários e ativistas dos direitos humanos.
Do Portal Vermelho, com informações da Mídia Ninja, Abril Abril e Opera Mundi