Nesta segunda-feira (10) foi realizada a reunião nacional dos Partidos Progressistas e das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo para debater a conjuntura política nacional, discutir os rumos da Greve Geral do dia 14 de junho e medidas que possam frear e fazer oposição ao governo de Jair Bolsonaro. Durante a reunião foi debatida a incapacidade de Jair resolver os problemas reais da população, que se depara com um alto índice de desemprego, desmonte da educação, falta de recursos no sistema de saúde, e ameaça à Previdência pública.
A farsa jurídica contra Lula, provada em uma série de matérias veiculadas pelo Intercept neste domingo (9) também foi debatida na reunião desta segunda. Conversas mostram um conluio entre Moro e Dallagnol para condenar Lula e perseguir o PT.
Partidos de oposição
A Presidenta Nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann, falou da importância dos partidos de oposição se reunirem para planejarem o enfrentamento ao governo. “É um momento diferenciado no Brasil, nem na ditadura militar tivemos uma situação como essa, esse é um governo de destruição, e esse esforço para que a gente faça a união dos partidos e tenha uma pauta comum para enfrentar a crise é muito importante”.
“A economia não vai melhorar, nós vamos entrar cada vez mais numa crise, e com essa reforma da Previdência piora de vez, nós vamos ter uma crise econômica no Brasil, mais do que nunca nós temos que conversar com o povo brasileiro”, afirmou a Presidenta.
As manifestações dos dias 15 e 30 de maio também foram pautas do evento. Os presentes falaram de como os dois atos foram uma preparação para a greve geral que acontece nesta sexta-feira (14). “Precisamos nos preparar para o dia 14 de junho, porque vai ser fundamental. Dia 15 e 30 tivemos sucesso, isso mostra a importância da educação mobilizada no nosso país, e essa semana estaremos junto com os trabalhadores na construção dessa greve geral”, disse Gleisi.
O Presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas, também participou do fórum e explicou que as atividades do dia 15 e 30 tiveram um protagonismo extraordinário dos estudantes, “mas vamos lembrar também que o dia 15 de maio foi construído por uma agenda sindical, parte da agenda da greve”. Ele também fez questão de convocar todos e todas para aderirem ao dia 14 de junho. “Eu não tenho dúvidas de que a greve geral vai concluir esse período, nossa construção da luta pela liberdade do Lula não é só solidariedade a ele, mas é que Lula Livre é importante como instrumento de libertação do povo brasileiro”.
O coordenador do Movimentos dos Trabalhadores Sem Teto, Guilherme Boulos (PSOL), afirmou que o mais importante nesses encontros é alinhar as atuações dos partidos. “É importante pensar as prioridades para o próximo período de uma maneira conjunta”.
Ele também falou da importância dos trabalhadores e trabalhadoras participarem da greve geral. “A greve do dia 14 vai ser muito expressiva, o movimento social irá realizar mobilizações em diversos lugares durante todo o dia”.
Gleisi finalizou seus apontamentos falando da necessidade das lideranças políticas estarem alinhadas com as pautas do povo. “A nossa frente tem que ser democrática e popular para que a gente tenha referência do que está acontecendo no Brasil. Nós temos que mostrar ao povo o que faríamos se estivéssemos no governo e mostrar o que estamos fazendo no parlamento pelo povo”.
A greve geral acontece nesta sexta-feira (14), e durante toda a semana centrais sindicais estão montando sua agenda de mobilizações.
Da Redação da Agência PT de Notícias