Em ato que contou com a presença do ex-Presidente Lula, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) foi escolhido por unanimidade para assumir a liderança da bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados. Ele assumirá em janeiro.
Um dos nomes mais influentes nas redes sociais, o parlamentar gaúcho terá a tarefa de liderar a bancada petista na Câmara frente ao desmonte de direitos trabalhistas promovido pelo governo golpista e a onda conservadora que busca impedir a candidatura do ex-presidente Lula à Presidência da República.
Como desafio imediato, a bancada petista enfrenta, entre o final desta semana e o início da próxima, a tentativa do governo golpista de aprovar na Câmara a Reforma da Previdência que, entre outros retrocessos, amplia a idade mínima para se aposentar e exclui a aposentadoria por tempo de contribuição.
“O trabalho de pressão (aos deputados indecisos e que declararam voto favorável à proposta de Reforma) está sendo feito pelos movimentos sociais e sindicatos, e nós estamos juntos nessa pressão”, afirmou Pimenta.
“O trabalho de acompanhar todos os deputados e deputadas em suas cidades e regiões”, complementou.
Para 2018, o novo líder da bancada petista se dedicará a prosseguir na luta contra a onda ultraconservadora que busca impedir a participação de Lula nas eleições de 2018.
“Após essa primeira etapa do processo golpista em curso no Brasil, de deposição da presidenta Dilma e de implementação da agenda política neoliberal, em 2018 seguem os desafios da resistência política e o próximo passo é derrotar o movimento ultraconservador que tenta impedir uma possível candidatura do ex-presidente Lula nas eleições presidenciais de 2018”, acrescentou.
Paulo Pimenta também destacou a atuação “contundente” da bancada do PT na defesa do que foi construído durante os governos petistas. “Com uma atuação contundente na defesa do legado dos governos do presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff, a bancada se ergueu contra o projeto de desmonte das políticas sociais, a cada ataque à educação pública e gratuita, aos programas Bolsa Família, Mais Médicos, Minha Casa, Minha Vida e as demais medidas que visam retirar direitos”, afirmou.
Por fim, Pimenta reforçou a necessidade de “atuação permanente” do combate ao discurso de ódio contra as minorias e em defesa dos trabalhadores.
“Cabe à nossa atuação o permanente combate ao discurso de ódio contra os mais pobres, contra as mulheres e os negros, que está entrelaçado com o ataque aos direitos trabalhistas e previdenciários e o desmonte das políticas sociais”, afirmou.
“Portanto, a defesa da nossa democracia, a luta por igualdade, a defesa da diversidade e a soberania do nosso país são as bandeiras de nossa atuação”, concluiu o parlamentar.
Paulo Pimenta é deputado federal desde 2003. No ano anterior, venceu a sua primeira eleição para o Congresso Nacional com a maior votação obtida por um candidato da região central do Rio Grande do Sul e o mais votado pelo PT no interior do estado.
Logo nos primeiros quatro anos, teve atuação de destaque como relator da CPI do Tráfico de Armas e da Lei do Entorpecente (7134/02), que deu origem à Nova Lei de Drogas do Brasil.
Quatro anos depois da sua chegada à Câmara, Paulo Pimenta conquistou a reeleição com 104.430 votos. O parlamentar renovou seu mandato por mais quatro anos em 2010, graças ao voto de 153.172 eleitores, que deram a ele o posto de deputado mais bem votado pelo PT no Rio Grande do Sul.
Na eleição seguinte, repetiu o feito. Na Câmara, Pimenta atuou também como vice-líder do PT na Câmara durante o governo Lula e, recentemente, foi considerado o parlamentar mais influente das redes sociais em levantamento feito pela agência de comunicação FSB, que possui um ranking próprio para definir a atuação de políticos nas plataformas de rede social.
Entre os seus principais projetos de lei como deputado federal estão o de Apoio ao Estudante Fies (PL 4945/09) e o Cidadão Digital (PL 4805/09), ambos apresentados pelo parlamentar em 2009.
O primeiro prevê facilitar aos estudantes a regularização de dívidas dos alunos que buscaram o FIES (Financiamento de Ingresso ao Ensino Superior).
Já o segundo busca facilitar a apresentação de projetos de lei de iniciativa popular, permitindo aos cidadãos assinarem essas proposições pela internet, da mesma forma como se faz com petições e abaixo-assinados, instrumentos muito difundidos entre os internautas.
Também naquele ano, Pimenta tornou-se relator da CPI da Violência Urbana, que discutiu um novo modelo de segurança pública para o país.
Desde então, assumiu função de destaque na defesa do Governo de Dilma Rousseff, na luta contra o golpe, e tem protagonizado – junto a outros parlamentares e político de destaque do PT – a denúncia dos desmandos do governo golpista de Michel Temer e a tentativa de obstruir as propostas que açoitam os diretos dos trabalhadores do País.
Paulo Pimenta exerceu dois mandatos de vereador em Santa Maria, sua cidade natal, no interior do Rio Grande do Sul. Na Assembleia Legislativa do Estado, atuou como deputado de 1998 a 2000, ano em que retornou à sua cidade natal como vice-prefeito e, depois, secretário-geral de governo e de finanças do município.
Da Redação da Agência PT de Notícias