Os caminhos para a sociedade brasileira estiveram no centro dos debates do Pauta Brasil desta segunda-feira (8) crise sanitária e econômica, ambas mundiais, a crise política e social do nosso país e a ameaça de crises institucionais exigem muitas respostas. O movimento sindical falou hoje sobre o papel republicado das centrais de mostrar para a sociedade alternativas para o conjunto de problemas graves que vivemos.
Miguel Torres, que é presidente da Força Sindical e da Confederação Nacional de Trabalhadores Metalúrgicos (CNTM), alertou que a crise já estava dada e o movimento sindical já tinha se mobilizado para elaborar respostas. “Em março de 2020 entregamos a Rodrigo Maia um documento que enfrentava ponto a ponto a crise, mostrando a importância de fortalecer os trabalhadores de saúde e outras questões como financiamento para micro e pequena empresa, o próprio Auxílio Emergencial, que já não podia ser no valor que queria o governo, de duzentos reais”, contou.
Torres comemorou a vitória que foi o Auxílio Emergencial, “aliviou muito a vida dos trabalhadores e os programas de proteção ao emprego também ajudou a passar um momento muito difícil. Esse pontapé que foi dado pelas centrais mexeu com a vida das pessoas”. E relembrou que hoje vivemos com famílias nas ruas, sem condições dignas de vida. “Temos que buscar caminhos para superar esses desafios e divulgar nossa pauta porque os prejuízos podem ser muito maiores”, disse.
Adilson Araujo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), disse que “tudo que não iremos abrir mão é ter efetivamente um canal social para nosso povo, porque tá claro que sob o aspecto da narrativa, de tudo que fizemos até agora chega pouco até a opinião pública.
Araujo recapitulou algumas cenas lamentáveis do governo Bolsonaro e a mediocridade de “um governo que defende que vão salvar o Brasil a partir de investimentos privados. Coisa que não aconteceu aqui e em nenhum lugar do mundo”. Desde o golpe contra a presidenta Dilma só temos tido anos perdidos e enfrentaremos dificuldade ainda maiores já que o governo negocia a possibilidade de manter o Auxílio Emergencial repassando a conta para os governos estaduais”.
Para Torres, “o movimento tem apresentado a pauta em defesa do trabalho, renda, da saúde e da própria democracia. Ano passado fizemos ato dentro do Supremo com várias entidades. Conseguimos trazer esse debate e unir muitos movimentos porque a democracia passa pela discussão de todos os problemas da sociedade. Temos que levar para a base esse debate todo pela garantia de direitos e pela democracia, com unidade das centrais”. E sugere que os mais de 12 mil sindicatos encontrem um modo de se auto regular e pergunta: o que seria da população se o movimento sindical não tivesse lutado pelo Auxílio Emergencial, que foi quem lutou, convenceu, debateu e fez acontecer.
Araujo acredita que todos indicadores mostram que iremos enfrentar um flagelo social e, portanto, o movimento sindical precisará atuar com muita força para alcançar protagonismo necessário para reverter todas essas questões e para isso, conseguir chegar a um número maior de pessoas. “Temos que ir para as ruas reivindicar que não seja o povo a pagar a conta da crise”, disse.
Pauta Brasil receberá especialistas, lideranças políticas e gestores públicos para discutir os grandes temas da conjuntura política brasileira. Os debates serão realizado nas segundas, quartas e sextas-feiras, sempre às 17h, e serão transmitidos ao vivo pelo canal da Fundação Perseu Abramo no YouTube, sua página no Facebook e perfil no Twitter, além de um pool de imprensa formado por DCM TV, Revista Fórum, TV 247 e redes sociais do Partido dos Trabalhadores.
O novo programa substitui o Observa Br, programa que era exibido nas quartas e sextas-feiras, às 21h. Clique aqui e acesse a lista de reprodução com todos os 66 programas.
Com Fundação Perseu Abramo