Para o secretário de Comunicação do Partido dos Trabalhadores (PT), José Américo, as pessoas que estavam distantes de qualquer manifestação social decidiram apoiar a legenda e a presidenta Dilma Rousseff nas redes sociais por estarem preocupadas com o conservadorismo da Câmara dos Deputados e do Congresso Nacional.
Além disso, ele acredita que a movimentação nas redes sociais também surgiram por parte daqueles que não apoiam pedidos de impeachment e de intervenção militar.
“Foi uma reação nacional contra os setores que levantam palavras de ordem discutíveis. O pedido de impeachment, por exemplo, sem nenhuma base jurídica pode ser entendido como uma pregação antidemocrática”, explica.
Enquanto a adesão aos protestos nas ruas das cidades brasileiras foi 10 vezes menor em relação ao dia 15 de março, os militantes e os simpatizantes do PT no Facebook e no Twitter reagiram em apoio ao PT e à presidenta Dilma Rousseff.
Mais de 125 mil tweets foram postados no microblog seguidos da tag #AceitaDilmaVez, que defendia o governo e as pautas petistas. A tag foi, durante todo o dia, o assunto mais comentado no Brasil e foi o segundo mais citado no mundo.
De acordo com o secretário, não foram apenas militantes do partido ou simpatizantes que estiveram na movimentação nas redes sociais.
“A sociedade que é contra a terceirização e a redução da maioridade penal, sem nenhuma relação com o governo, também fizeram parte dessa mobilização. A manifestação do dia 15 e suas pautas fizeram partidos de esquerda e movimentos sociais aderirem a campanha na internet”, diz.
Segundo o vice-presidente e coordenador das redes sociais do PT, Alberto Cantalice, a legenda tem uma forte e numerosa militância que tem se mostrado bastante ativa em todos os períodos onde as conquistas sociais do povo são colocadas em risco.
“Sempre antenada com a realidade concreta, a militância também se destaca pelo seu empenho nas mídias sociais, tornando-se um verdadeiro contraponto a lógica do pensamento único que a grande mídia tenta estabelecer”, afirma.
Por Danielle Cambraia, da Agência PT de Notícias