Não só os direitos sociais e trabalhistas, a aposentadoria, as grandes estatais, a saúde e a educação públicas e universais estão ameaçadas por Jair Bolsonaro. Até mesmo o tráfego pelas estradas federais será afetado pela sanha em agradar ao grande empresariado do novo governo, que deve aumentar o valor dos pedágios de sete estradas em média 25%, chegando a 58% em alguns casos.
As concessionárias responsáveis pelas estradas afirmam que enfrentam desequilíbrio financeiro e alegam que por isso não poderão investir em obras previstas nos contratos. Entre as concessionárias, está a K-Infra, a Acciona, a Triunfo e a Arteris, sendo que esta última tem como sócias a espanhola Arbetis e a canadense Brookfield.
Segundo publicou a Folha, o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirmou que “há espaço para aumento” até maior de tarifa em rodovias que não têm mais obras programadas.
Na Fernão Dias, o pedágio poderia saltar 58%, passado de R$ 2,40 para R$ 3,80. Na Régis Bittencourt, que liga São Paulo ao Sul, o plano é aumentar em 25%, de R$ 3,20 para R$ 4. Outras rodovias com valores de pedágio mais elevados, como a BR-116 (PR/SC), da Autopista Planalto Sul (R$ 6,50) ou a BR-393, chamada de Rodovia do Aço (R$ 7), também teriam aumentos, só que menores.
No modelo federal de concessão efetivado em 2007 pelo governo Lula, a técnica utilizada foi a do leilão, permitindo que as rodovias fossem exploradas pela empresa que oferecesse a menor tarifa de pedágio para os usuários. Já a taxa interna de retorno – ou o lucro das empresas – ficava em torno de 8,5%.
Agora o governo que garantir maiores lucros para as empresas, e por isso também estuda o modelo da outorga, no qual o Estado cobra das empresas o direito de explorar determinado sistema rodoviário, fazendo com que esse valor da outorga seja embutido nas tarifas. Nesse modelo, a taxa interna de retorno fica em torno de 20%.
Da Redação da Agência PT de notícias