Pesquisa CUT-Vox Populi divulgada nesta segunda-feira (5) mostra que a insatisfação com o ilegítimo presidente Michel Temer (PMDB) e sua agenda de retirada de direitos sociais, previdenciários e trabalhistas é enorme, e se traduz nos números da rejeição ao peemedebista e dos que querem a sua cassação, com eleições diretas para substituir o golpista.
Segundo apontou a pesquisa realizada entre os dias 2 e 4 de junho, para 89% dos brasileiros, em caso de cassação ou renúncia de Temer, deve haver eleições diretas para escolher no novo presidente do Brasil.
O levantamento também indica que aumentou para 85% o total de pessoas que defendem a cassação de Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por irregularidades cometidas durante a campanha presidencial. Apenas 8% são contrários à cassação. Em pesquisa divulgada no dia 21 de abril, 75% da população já desejava a cassação de Temer. O TSE inicia nesta terça-feira (6) o julgamento da chapa de Temer.
Para a presidenta do PT e senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), a pesquisa “mostra que a deliberação do 6º Congresso Nacional do PT estava corretíssima, de aprovar Diretas Já, Fora Temer e não ao colégio eleitoral. É o que a população quer, 89% é muito expressivo”.
Ela ainda ressalta que “mais expressivo é o apoio do Temer, que é de 3%, está na margem de erro. Ou seja, ele pode ter 0% de apoio, a gente chama de volume morto. Nunca uma pesquisa detectou uma falta de apoio tão grande a um dirigente público. Então, está mais do que na hora dele sair e mais do que na hora do Congresso aprovar a emenda constitucional das eleições diretas que já está no plenário do Senado e chamar o povo a decidir seu destino”.
Segundo o deputado federal Carlos Zarattini (PT-SP), a pesquisa “mostra que quanto mais o governo do Temer insiste em fazer essas chamadas reformas que só prejudicam o povo, quanto mais ele insiste em querer ficar no governo com todas as denúncias que existe contra ele, a repulsa da população é cada vez maior. Isso está demonstrando que chegou a hora de sair”.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, “ninguém quer mais um golpe que coloque na presidência da República outro subordinado ao mercado”. Ele ressaltou que “além da tragédia do desemprego que está batendo à porta de mais de 14,5 milhões e meio de brasileiros, com os golpistas, seja Temer ou outro que ocupe seu lugar pelo voto indireto, corremos o risco de perder a aposentadoria, a CLT e programas sociais de combate a fome e a miséria”.
Só 3% aprovam Temer
A avaliação negativa de Temer é unânime em todas as regiões do Brasil independentemente da classe social, idade e gênero, comprova pesquisa CUT/Vox realizada em 118 municípios do Brasil de todos os Estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropolitanas e no interior.
Segundo a pesquisa, 75% dos brasileiros avaliam negativamente o desempenho de Temer como presidente. Para 20%, ele é regular e para apenas 3%, positivo. No Nordeste, o desempenho negativo atinge 83%, no Centro Oeste/Norte 74%, no Sudeste 73% e no Sul 68%.
Os mais críticos são os jovens: 77% consideram o desempenho de Temer negativo. Entre os adultos o percentual é de 76% e entre as pessoas com mais de 50 anos, 69%. Tanto homens (73%) quanto mulheres (77%) avaliam muito mal Temer. Entre as pessoas com renda de até 2 salários mínimos, a avaliação ruim sobe para 79%; entre os que ganham de 2 a 5 SM é de 75%, e mais de 5 SM 68%.
Com Temer, aumenta pessimismo e medo do futuro
Os brasileiros estão insatisfeitos com a vida que levam e mais pessimistas com relação ao futuro do País. 73% acreditam que o Brasil vai piorar com Temer (em abril o percentual era de 61%), 17% acham que vai ficar como está. Só 7% acham que o país vai melhorar.
Em relação à vida que levam hoje, 49% dos entrevistados estão insatisfeitos e 51% estão satisfeitos. Já com relação às perspectivas para 2017, apenas 33% acham que a vida vai melhorar; 34% acham que nem vai melhorar nem piorar; 23% acham que vai piorar; e, 10% não sabem ou não responderam.
Nem o bombardeio da grande mídia foi capaz de aumentar a esperança do povo com relação ao que pode acontecer de bom com Temer. Mesmo com todos os comentários e matérias falando da queda da inflação, 62% dos entrevistados acham que o custo de vida vai aumentar e 68% esperam mais aumento de desemprego nos próximos meses.
Da redação da Agência PT de notícias