A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara adiou, nesta terça-feira (22), por falta de quórum, a tentativa de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) de anular a decisão Conselho de Ética de abrir processo de investigação contra ele.
O recurso apresentado pelo deputado Carlos Marum (PMDB-MT) será votado em fevereiro.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) foi um dos petistas que esteve presente na sessão, mas não registrou presença, em sinal de protesto contra o manobra de Cunha.
“Não podemos permitir que Eduardo Cunha perpetue mais esse obstáculo ao procedimento de seu processo de cassação. Depois de destituir o relator, ele agora recorre à CCJ, o que é um absurdo”, declarou, em sua página no Facebook.
“Houve mais uma manobra protelatória em relação ao processo de cassação de Eduardo Cunha”, explicou a deputada Maria do Rosário (PT-RS), também por meio da rede social.
“É um absurdo estarmos virando o ano com alguém que não tem condições de permanecer na presidência da Câmara dos Deputados, que move um golpe contra a presidenta Dilma, que tem explicações pra dar e que não deu. E ainda, no último dia da sessão legislativa, mais uma manobra na CCJ”, repudiou a petista.
Apesar do adiamento, o relator do recurso na CCJ, deputado Elmar Nascimento (DEM-BA), anunciou à imprensa que pretende recomendar a anulação do aval concedido no último dia 15 de dezembro, pelo Conselho de Ética, para que o processo de cassação de Cunha tenha prosseguimento.
Da Redação da Agência PT de Notícias