Mariane Helen de Oliveira, de 25 anos, responde rápido quando lhe perguntam qual a razão por ter se filiado ao PT: foi a maneira de agradecer ao partido por ter criado o Ciência sem Fronteiras, projeto que deu novo rumo à sua vida. O sergipano Jeferson Luiz, de 20 anos, chegou a São Paulo com o desejo de buscar novas oportunidades e cumprir uma das promessas que o acompanhava desde os tempos de garoto. “Eu praticamente nasci querendo militar pelo PT”. Ananda Mendéz, também de 20 anos, herdou a paixão pelo partido dos pais, mas foi no dia 7 de abril, data da prisão política de Lula, que ela teve a certeza que deveria se juntar aos quase dois milhões de filiados e filiadas. Tita Couto, de 18 anos, ficou intrigada com a história do partido quando ainda estava no Ensino Médio. Decidiu fazer o trabalho final do ano letivo sobre o PT e, pouco tempo depois, teve a chance de apresentá-lo ao próprio Lula.
As histórias de Mariane, Jeferson, Ananda e Tita e de ao menos outros 150 jovens se encontraram na tarde deste sábado (26) no Diretório Nacional do PT durante o evento Petistas de Carteirinha, que serviu para dar as boas vindas aos novos companheiros e companheiras do partido e, por consequência, fortalecer a defesa da legenda em nome da democracia e da liberdade do ex-presidente Lula.
O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, que participou do processo de fundação do partido e carrega o registro número 7, ilustra com precisão o tamanho da importância da juventude num momento em que a legenda tem sido sistematicamente atacada. “Eles achavam que tirando Dilma e chegando ao extremo de prender o Lula acabariam com o PT. Mas o que a gente vê é justamente o contrário. O partido cresce cada vez mais e os jovens são os grandes responsáveis por isso”, avalia.
A secretária de Relações Internacionais do PT, Monica Valente, lembra dos tempos em que batia de porta em porta para convidar a vizinhança a se filiar e se emociona ao avaliar o tamanho e a importância da legenda 38 anos depois. “Jovens, ajudem a gente a renovar o PT e o nosso sonho de ver Lula presidente novamente. Nós nunca tivemos medo da luta”.
Se depender da disposição dos novos petistas a luta vai continuar por muito tempo. “Minha mãe me levava desde quando eu era criança para os atos da militância e eu nunca consegui esconder que sou petista. Na escola, quanto mais me criticavam por ter pais petistas mais vontade de me filiar e ir para a luta eu tinha”, lembra Ananda.
Luiz Marinho, presidente Estadual do PT e pré-candidato a governador de São Paulo, também lembrou da importância em manter a candidatura de Lula sempre no debate. “Temos que dizer para todos em nosso bairro, em nossa rua, que Lula é, sim, o nosso único candidato. Este papel agora também é de vocês que estão aqui”.
“Vocês têm uma missão: manter o PT diferente de tudo o que tem por aí. E a entrada de vocês cutuca eles. Pergunta para os amigos de vocês se tem uma coisa como essa que um partido junte jovens e o presidente do partido cara a cara. Isso é só no PT”, pediu o ex-ministro Alexandre Padilha.
Jeferson entendeu o recado. “Eu me filiei ao PT porque sempre achei o partido diferente dos outros mesmo. É o partido que defende tudo o que acredito. E é por isso que a partir de agora vou lutar pelo partido e com o partido por toda a minha vida”.
Por Henrique Nunes, da Agência PT de Notícias