Senadores, deputados e líderes políticos se manifestaram, pelas redes sociais, em repúdio às acusações do Ministério Público Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Para Humberto Costa (PT-PE), líder do PT no Senado, a acusação do MPF é “um espetáculo dantesco”. “Uma materialização de que há uma perseguição política clara no Brasil cujos objetivos eram derrubar a presidenta Dilma. Agora, querem inviabilizar a candidatura de Lula à Presidência da República em 2018, se for o caso, e destruir a esquerda. Esse objetivo está claro. Escolheram o culpado: o Lula”.
Ele acrescentou que “ficam fazendo um contorcionismo de investigação para provar essa acusação. O presidente Lula agora é obrigatoriamente proprietário de um apartamento que não há nada que prove que é dele. Eu pergunto: já investigaram os milhões de Serra no exterior que foi denunciado? Já investigaram os milhões de Temer, que foi denunciado? Já investigaram o Fernando Henrique Cardoso? O Dallagnol nunca cogitou investigação sobre isso. Estou indignado”.
Em coletiva, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) afirmou que querem criminalizar o Lula como parte do golpe. “Estamos assistindo o capítulo final do golpe. Os golpistas não descansarão enquanto não tirarem de cena o presidente Lula. Querem tirar de cena o principal líder popular e potencial vencedor de qualquer eleição”.
Os golpistas não descansarão enquanto não tirarem de cena o presidente Lula. Querem tirar de cena o principal líder popular e potencial vencedor de qualquer eleição
O deputado ainda afirmou que o MPF está assumindo postura política e seletiva. “Estou dizendo que existe um conjunto de evidências e seletividades que são cristalinas e revelam condutas desiguais frente a fatos semelhantes. Está na mão dos mesmos procuradores e do Sérgio Moro, denúncias que envolvem Cunha e sua família, e ninguém foi chamado para depor sob alegação que não se tinha o endereço”.
Para Guilherme Boulos, do MTST, trata-se de uma seletividade escandalosa. “Cunha solto. Perrella, Jucá e Aécio no Senado. Capez presidindo a Assembleia paulista. E Lula indiciado como chefe-maior da corrupção. Isso é mais uma evidência de que a perseguição a Lula não é por conta de seus erros. Lula está sendo atacado por aqueles que sempre representaram o que há de mais retrógrado e corrupto na sociedade brasileira. E por um Judiciário de seletividade escandalosa. Este linchamento não passará sem reação”.
Aloizio Mercadante, ministro nos governos Lula e Dilma, disse que recebeu com indignação a notícia de que o presidente Lula e sua esposa Marisa Letícia foram denunciados nesta terça-feira. “Depois do golpe de estado que retirou a presidenta Dilma da presidência da República, tentarão inviabilizar, em 2018, a candidatura da maior liderança política e do melhor presidente da história recente do Brasil. Sigo acreditando na justiça e nas instituições brasileiras, por isso, estou confiante de que, pela mais absoluta falta de provas, essa denúncia não será acatada. Fica minha solidariedade ao presidente Lula e a toda sua família.”
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) compartilhou imagem mostrando os “crimes” que realmente incomodam a elite e também se posicionou, em vídeo, contra a denúncia.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) atacou a falta de provas dos promotores contra o ex-presidente.
O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) também se posicionou, ressaltando que “é um absurdo apontar Lula como chefe de uma organização criminosa apresentando como ganho efetivo um apartamento no Guarujá que nunca lhe pertenceu”.
Outro deputado a repudiar a ação do MPF foi Carlos Zarattini (PT-SP):
A deputada Maria do Rosário (PT-RS) questionou a ausência de provas contra o ex-presidente em sua intimação:
O ex-ministro Tarso Genro apontou a gravidade da situação:
Coletiva em SP
O ex-presidente Lula fará, às 13h desta quinta-feira (15), um pronunciamento para a imprensa nacional e internacional em São Paulo. A coletiva será no Novotel Jaragua (Rua Martins Fontes, 71 – Centro).
Da Redação da Agência PT de Notícias