Apesar do bombardeio diário na mídia por conta das denúncias de corrupção levantadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, a Petrobras começou 2015 com boas novas. A estatal tem perspectivas favoráveis de recomposição de caixa e poderá implementar o aumento na capacidade instalada de processamento de óleo em 500 mil barris por dia.
Desde quinta-feira (8), a Petrobras é a maior das empresas produtoras de líquidos da indústria petrolífera internacional entre as similares de capital aberto. Além disso, foi a companhia que mais aumentou a produção de óleo cru tanto percentual (mais 3,3%) quanto em medida absoluta nos nove primeiros meses de 2014. Na categoria produção de óleo e gás, ela é a quarta do mundo.
A liderança alcançada pela Petrobras foi conseguida ao superar a produção de petróleo da ExxonMobil (no Brasil, Esso) no terceiro trimestre de 2014, informou a empresa, em notícia veiculada pelo Portal Brasil.
De acordo com a estatal, a produção média cresceu 4,5% sobre o mesmo período do ano anterior, nos onze primeiros meses do ano passado. Mais: de janeiro a novembro, o crescimento do volume mensal produzido chegou a mais de 10%.
Por fim, a estatal obteve em dezembro recordes históricos diários de produção:
– Em 21 de dezembro, a produção própria de petróleo da Petrobras foi de 2,286 milhões de barris/dia (bpd).
– No dia 16 de dezembro, a produção operada no Brasil, que inclui a parcela movimentada pela companhia para seus parceiros, foi de 2 milhões 470 mil bpd.
– Também em 16 de dezembro, a produção no Pré-sal alcançou 700 mil bpd
– Entrou em operação quatro novas unidades estacionárias de produção que adicionaram mais de 500 mil barris por dia (bpd) na capacidade de processamento de óleo da empresa. O volume será incorporado gradativamente ao processo produtivo no decorrer do ano, num esforço contínuo de aumento da produção de óleo e gás em 2015.
Tais progressos comprovam a regularidade corporativa e operacional da estatal, como tem reiterado a presidenta da estatal, Graça Foster. Isso, ao mesmo tempo que vive um profundo processo de reformulação em métodos de controle nos procedimentos internos, decorrente da operação Lava Jato.
Como mostrou a Agência PT, em reportagem publicada na quinta-feira (8), o cenário da queda internacional acentuada dos preços de petróleo, concomitante ao reajuste nos combustíveis aplicado há dois meses, permite à estatal promover a eliminação das perdas registradas nos últimos seis anos com a venda de combustíveis por preços desatualizados.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias