As ações da Petrobras tiveram alta acentuada em abril, informou nota divulgada pelo portal da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) no encerramento do último pregão da semana, nessa quinta-feira (30).
A valorização constatada pela Bovespa no mês, de 48,75% nas ações ordinárias (PETR3), com direito a voto, traduz uma recuperação de R$ 53,36 bilhões no valor de mercado da estatal petrolífera, que estaria valendo hoje por volta de R$ 173 bilhões.
A ação fechou março valendo R$ 9,58 e alcançou R$ 14,25 no encerramento de abril, com crescimento de R$ 4,67 no período.
A valorização do mês foi puxada pelo anúncio de que a empresa teria finalmente um balanço auditado, o que efetivamente aconteceu no dia 22, e que o projeto de desinvestimento para os próximos meses incluiria a venda da sua participação acionária na Braskem.
O projeto de desinvestimento objetiva enxugar os custos, capitalizar a empresa e focar sua atuação na exploração. A suposta intenção de a Petrobras vender sua participação na Braskem impulsionou para cima os preços das ações no meio do mês, que alcançaram seu pico de valor no dia 15.
No início do mês anterior, a Petrobras anunciou que a carteira de desinvestimento em dois anos, período 2015/2016, somava U$$ 13,7 bilhões, cerca de R$ 41,5 bilhões a preços de hoje.
O anúncio animou o mercado porque no fim de 2013, a empresa informara no seu plano de negócios que a carteira de desinvestimento seria de, no máximo, US$ 11 bilhões, ou R$ 33,3 bilhões a preços de hoje, para o período entre 2014-2018. Em apenas dois anos, de 2015 a 2016, a carteira renderá US$ 2,7 bilhões, ou R$ 8,14 bilhões, a mais que o previsto para cinco anos.
O que ocorreu é que todo o problema com a Petrobras neste ano acelerou os planos de enxugamento da empresa, o que é muito bem visto pelo mercado de ações.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias