O senador José Pimentel, do PT, relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, voltou a defender os trabalhos realizados na Comissão e declarou não ter havido irregularidade nas investigações, nem favorecimento a nenhum depoente.
“Não tenho notícia que nenhum membro dessa CPI tenha autorizado a retirada de documento sigiloso, para favorecer algum depoente ou para a imprensa”, afirmou Pimentel nesta terça-feira (5), em pronunciamento no plenário do Senado Federal. Em seu discurso, ele esclareceu a suspeita criada pela revista Veja, publicada na edição desta semana, sobre os trabalhos desenvolvidos pela CPI da Petrobras.
Pimentel voltou a afirmar que não se reuniu com nenhum dos depoentes para orienta-los antes de falarem à CPI no Senado. O que houve, e está sendo usado de forma ardilosa pela oposição, foram apenas uma listagem de questões publicadas no plano de trabalho da CPI.
Aécio – Este documento foi apreciado e aprovado por unanimidade pelos membros da Comissão e publicado no site do Congresso Nacional. O senador Aloísio Nunes (PSDB), membro da CPI, foi substituído por Aécio Neves na sessão que aprovou o plano de trabalho que seria feito. “Se a oposição estivesse presente, poderia fazer novas perguntas”, lembrou Pimentel.
O fato que a revista alardeia, diz Pimentel, não é inédito e se trata apenas de um procedimento adotado para dar celeridade às investigações. “Assim, os convocados poderiam se preparar melhor, com fatos e dados”, esclareceu o senador.
Da mesma forma, o conteúdo do plano de trabalho continha os nomes de quem deveria ser convocado para depor. “As perguntas não seriam restritas a elas, mas continham um norte”
O presidente do senado Renan Calheiros (PMDB-AL) abriu sindicância para apurar a denúncia, mas descartou a suspensão da CPI. O relatório final da investigação deve ser finalizado até o próximo mês.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias