Contra a privatização da refinaria Alberto Pasqualini (Refap), de Canoas, e dos dutos da Petrobras no Rio Grande do Sul, os deputados federais Elvino Bohn Gass (PT) e Henrique Fontana (PT), os estaduais Pepe Vargas (PT), Fernando Marroni (PT), Luciana Genro (PSOL), Issur Koch (PP) e Dirceu Franciscon (PP), os prefeitos de Canoas, Luiz Carlos Busato (PTB), de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer (PT), e de Imbé, Pierre Emerim (PT) e, ainda, representantes dos deputados Fábio Branco (MDB) e Elton Webber (PSB), mais o Coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Zé Maria Rangel dirigentes do Sindicato dos Petroleiros do RS (Sindipetro), estiveram em audiência com o governador Eduardo Leite nesta segunda-feira (2), no Palácio Piratini, em Porto Alegre. O grupo pluripartidário e os sindicalistas querem que o governador tome posição contrária à privatização.
“Alertamos o governador para as enormes perdas que o Estado terá caso se concretize a privatização da Refap e dos dutos da Petrobras em Rio Grande, Canoas e Imbé. Sob qualquer ponto de vista, é um mau negócio para o povo gaúcho: quem comprar, vai pagar alguns bilhões, e esse custo será repassado ao consumidor com aumento no preço dos combustíveis. Além disso, os municípios perderão muito. Canoas, por exemplo, tem quase 70% do ICMS vinculado à Refap”, disse o deputado Bohn Gass, representante da Frente Parlamentar Nacional em Defesa da Petrobras.
O prefeito de Canoas confirma: “Com a possibilidade de saída do refino do petróleo, há o risco de o município perder em torno de R$ 150 milhões por ano na arrecadação. A entrada de uma empresa privada pode alterar toda a sistemática”, disse Busato.
Sem posição
O governador disse não ter posição fechada e informou que formará um grupo de trabalho para analisar os documentos entregues pela frente contra a privatização. Eduardo Leite se comprometeu, ainda, em chamar uma nova audiência com o grupo para comunicar o resultado dos estudos do governo e, então, anunciar a posição do Estado.
O dirigente do Sindipetro-RS, Dary Beck Filho, entregou ao governador um documento com estudos técnicos que detalham as perdas, destacando que o grande ativo da Refap é o mercado e o seu parque de tanques e, dependendo do cenário econômico, quem comprar a estatal poderá optar por trazer combustíveis do exterior e, assim, hibernar a Refap. Beck Filho chamou a atenção de Leite para as possíveis consequências que uma alta no preço do diesel, combustível fundamental para setores como o agronegócio e o transporte, que representam 30% do orçamento do estado.
Por Assessoria de Comunicação