Entidades representativas da Polícia Civil estão convocando para a próxima segunda-feira (13), das 13h às 18h, uma paralisação nacional como parte da mobilização contra a reforma da Previdência. No Rio Grande do Sul, a adesão à paralisação foi aprovada em assembleia realizada na última terça-feira (9).
Na assembleia, que também contou com a adesão de agentes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, lideranças sindicais apontaram que as polícias serão prejudicadas por vários aspectos da reforma, como o aumento da idade mínima e das alíquotas tributárias — o que foi chamado de confisco salarial no ato.
“Além do não reconhecimento das características próprias da atividade policial, como o risco de morte, a proposta traz a possibilidade do estabelecimento de uma alíquota extra de até 8%, que significará uma diminuição salarial para os (as) policiais de todo o país. Outro ponto que atinge os (as) policiais e, por consequência, a segurança pública, é o não estabelecimento de uma regra de transição para a implementação das novas regras de aposentadoria. Além disso, com o estabelecimento de um gatilho para o estabelecimento da idade mínima de aposentadoria, em breve, teremos uma força policial extremamente envelhecida, com sérias dificuldades de garantir a segurança da população”, diz nota da Ugeirm, sindicato de policiais civis do RS, a respeito da mobilização da próxima semana.
As polícias também cobram o que consideram ser um tratamento diferenciado dado aos militares em comparação com as demais forças de segurança. “Se a reforma não é boa para os militares, não é boa para as polícias. Nós, que arriscamos a vida todos os dias, queremos a mesma Previdência dos militares”, disse, na última segunda, Isaac Ortiz, presidente do Ugeirm, sindicato dos policiais civis do RS.
A paralisação de policiais civis está sendo convocada nacionalmente pela União dos Policiais do Brasil (UPB) como forma de preparação para um ato nacional marcado para o dia 20, em Brasília. A princípio, no próximo dia 13, as demais categorias devem apenas realizar mobilizações preparatórias para o ato nacional do dia 20.
Em Porto Alegre, haverá concentração de manifestantes no Palácio da Polícia. A orientação é que não haja circulação de viaturas, que não sejam cumpridos mandados de prisão, nem haja participação em operações policiais e outras ações. A convocação é para que as delegacias registrem apenas flagrantes de casos de maior gravidade, como homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos e Lei Maria da Penha.
Por Sul 21