Nesta segunda (24), estudantes de todo o País promoveram o Dia Nacional de Defesa da Educação, com dezenas de manifestações e ocupações em universidades de todos os estados brasileiros. Os jovens protestaram contra o governo usurpador de Michel Temer e, em especial, contra a PEC 241, que pretende limitar os investimentos em educação e em saúde (além de outras áreas) pelos próximos 20 anos.
No fim da tarde, já eram 73 campi universitários ocupados, mais de 1000 escolas e institutos federais. Para a presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Carina Vitral, “de norte a sul e de leste a oeste, os movimentos pela educação ocupam universidades, institutos federais e as ruas contra a PEC 241. Se Michel Temer achou que seria fácil, estava muito enganado!”.
De acordo com o diretor de comunicação da UNE, Mateus Weber, os estudantes não aceitam o sucateamento da educação pública. “Existe um movimento de greve geral, de professores, técnicos e estudantes, já em várias universidades, greve estudantil e ocupação de reitorias que só cresce. Os estudantes são terminantemente contra o congelamento de investimentos que vão sucatear ainda mais as universidades. Vamos paralisar o Brasil para defender a educação pública”, afirmou.
Ele ressaltou ainda que algumas universidades apresentam também suas pautas específicas, em sua maioria em relação a assistência estudantil: moradia, restaurante universitário, bolsas e infraestrutura, mas não abrem mão de debater quão nociva será a PEC.
Além da PEC 241, os estudantes também se opõem à medida provisória de reforma do ensino médio proposta pelo governo Temer.
Atos pelo Brasil
Em São Luís (MA), os estudantes da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) percorreram as ruas do centro histórico e, depois, ocuparam prédio do curso de História da universidade.
Na Universidade Federal do Ceará (UFC) houve um trancaço.
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Universidade da Pernambuco (UPE) e Universidade Federal de Alagoas (UFAL), foram ocupadas.
Várias entidades secundarista ocuparam a sede do Instituto Federal do Mato Grosso (IFMT), em Cuiabá. Mais de 300 estudantes paralisaram as atividades do campus.
Em Minas Gerais, dezenas de universidades foram ocupadas e nesta segunda os estudantes da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM) fizeram um movimento no centro de Diamantina contra a PEC 241. Na sexta (21), os docentes se juntaram aos estudantes e deflagraram greve.
Na Bahia, estudantes da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) realizaram protesto contra PEC 241 na BR 101, nas proximidades da Praia do Dendê, na cidade de Santo Antônio de Jesus. Houve protestos em universidades da capital, Salvador.
Na região Sul, os estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizaram uma aula pública e depois saíram em passeata pela capital, Porto Alegre. Os estudantes da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) também estão em greve.
Já no Rio de Janeiro (RJ), entidades do setor educacional, movimentos sociais e estudantes se reuniram na Candelária para debater o assunto e decidir, de forma conjunta, as ações para protestar contra a PEC 241.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da UNE