Foi lançado na tarde do último sábado (13), no Parque da Redenção, o Comitê Popular em Defesa da Democracia e do Direito de Lula Ser Candidato da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
O ato suprapartidário contou com a presença de lideranças políticas como a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto, a deputada estadual Manuela D’Ávila (PC do B-RS), a filósofa Márcia Tiburi, líderes sindicais, sociais e representantes de entidades progressistas.
Assim, a população da capital gaúcha teve a oportunidade de se juntar a outros milhares de municípios brasileiros que também montaram comitês para defender o direito de Lula se candidatar à Presidência da República neste ano.
O evento teve início com uma Aula Pública sobre o desenvolvimento do processo do “triplex do Guarujá”, em que o ex-presidente Lula é acusado por Sérgio Moro de ser dono de um imóvel de que nunca teve as chaves nem seu nome na escritura no cartório.
No ato, a senadora Gleisi Hoffmann discorreu sobre a sentença condenatória de Sérgio Moro, esclarecendo as aberrações contidas na peça jurídica, que não se escora em fatos e provas para condenar Lula: “Não há outra sentença possível que não seja a absolvição do ex-presidente. Caso contrário, estará estabelecido um sistema de exceção no Judiciário brasileiro.”
A senadora não poupou críticas à forma como o Tribunal Regional da 4ª Região vem conduzindo os trâmites do processo. Na sua avaliação, o adiantamento do processo, que passou à frente de sete recursos e será o primeiro a ser julgado pelo TRF-4 na volta do recesso do Poder Judiciário, já indica que a análise da peça de recurso começou de “forma errada”.
“Queriam criar um ato político, de que Lula não poderia sair candidato, e espalhar isso na sociedade brasileira. O tiro saiu pela culatra. Acho que se arrependimento matasse, eles refaziam esse calendário. Houve uma reação imensa da sociedade, do mundo jurídico, da intelectualidade, de artistas, uma reação internacional contra a rapidez com que foi marcado o julgamento e contra forma com que o TRF4 está lidando com o assunto”, disse a parlamentar a jornalistas.
O ex-ministro do Desenvolvimento Agrário Miguel Rossetto completou: “Não há condenação sem provas, uma eventual condenação de Lula será um ato de violência e nós não aceitaremos”.
Comitês Populares
Os Comitês Populares em Defesa da Democracia e do Direito de Lula ser candidato à Presidência da República são uma articulação com o objetivo de envolver os movimentos sociais, populares, sindicais, artistas, sociedade civil e toda militância petista, assim como os partidos do campo democrático e popular.
“Desde o golpe sofrido após o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, é preciso organizar a classe trabalhadora e setores médios da sociedade para a manutenção do processo democrático”, define a presidenta nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann.
Da Redação da Agência PT de Notícias