Já começou a segunda edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, que ocorre no Parque da Água Branca em São Paulo. O evento, com agricultores vindos de acampamentos e assentamentos de todo país, acontece até 7 de maio.
A primeira edição da Feira ocorreu em 2015 e consolidou a chegada em larga escala da produção das áreas de Reforma Agrária ao maior centro urbano do país.
A intenção é dialogar com a sociedade sobre a necessidade de uma transição do atual modelo agrícola (predatório dos recursos naturais) para um modelo que respeite o trabalhador e o meio ambiente.
O discurso se materializa em toneladas de produção saudável. “Vimos partilhar com a sociedade os frutos da luta pela terra e pela Reforma Agrária”, afirma Débora Nunes, da coordenação nacional do MST.
“Com a Feira, podemos dialogar com o conjunto da sociedade sobre a importância e necessidade de realização da Reforma Agrária, como forma de contribuição para resolver problemas estruturais que afetam o campo e a cidade”, alega.
Para a militante, é uma oportunidade de as pessoas que vivem nas cidades (e que geralmente só se conectam ao MST através da imagem que traz a grande mídia), para saborearem as diversas dimensões da vida no campo.
“Não apenas através da comercialização da produção agroecológica, mas trazendo outras dimensões da vida dos assentamentos e acampamentos de todo o Brasil, Como a diversidade da culinária da terra, a cultura Sem Terra, a educação, a saúde”, ressalta Nunes.
O Parque da Água Branca abrigará, portanto, um conjunto de feiras, que integram a programação da 2ª Feira Nacional da Reforma Agrária: alimentos saudáveis, literatura, culinária, artes e troca de mudas e sementes. Estes espaços convidam o paulistano a repensar a relação com a terra, com o meio ambiente, com sua alimentação e com a sociedade.
Todas as tardes a Feira se transforma num Festival de Cultura Popular, com atrações gratuitas de renome regional e nacional.
Saiba mais na página do evento.