Cerca de 50 mil manifestantes, segundo a Associação dos Professores do Paraná (APP-Sindicato), saíram às ruas de Curitiba na manhã desta terça-feira (19) para protestar contra o governo Beto Richa (PSDB).
Entre os motivos dos protestos está o encerramento unilateral das negociações por parte do governo, na última terça-feira (12), com a oferta de reajuste salarial de 5% aos professores estaduais. Além disso, os manifestantes criticam a ameaça do governo tucano de cortar o ponto dos docentes grevistas e processar os diretores de escolas que não impedirem a paralisação.
O pedido de reajuste apresentado pelo sindicato é de 8,17%. Além de professores, a manifestação recebeu apoio e adesão dos servidores estaduais de saúde e de estudantes.
Os manifestantes seguiram com o ato até a Praça Nossa Senhora da Salete, no Centro Cívico de Curitiba.
Histórico – Essa é a segunda vez apenas em 2015 que os professores da rede pública de ensino do Paraná entram em greve. A primeira foi em março, depois que os deputados estaduais, em fevereiro, decidiram votar os planos de austeridade econômica e fiscal apresentados por Beto Richa.
A segunda greve começou em abril, quando o governo decidiu enviar à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), para aprovação em regime de urgência, o Projeto de Lei 252/15 ,que extinguiu o fundo de pensão ParanáPrevidência e passou para o governo a administração de R$ 8,5 bilhões.
Organizados no Centro Cívico de Curitiba, em 29 de abril, para protestar contra a votação do PL 252, os servidores públicos do Paraná foram massacrados por mais de dois mil policiais militares, resultando no ferimento de mais de 200 pessoas. Atualmente, mais de um milhão de estudantes do estado estão sem aulas.
Da Redação da Agência PT de Notícias