Na semana em que o Bolsa Família completa 12 anos, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, afirmou que as famílias que recebem o auxílio ainda sofrem com ataques de intolerância de pessoas que apenas reproduzem ideias preconceituosas por falta de conhecimento.
“Tem gente que acha que a pessoa é pobre porque é vagabunda. As pessoas são pobres muitas vezes trabalhando muito, muito mais que todos nós, porque não tiveram acesso a um conjunto de serviços, à educação, não puderam se qualificar, muitas vezes plantam e não conseguem colher por causa dessa seca terrível que estamos vivendo”, disse a ministra.
O programa atende 14 milhões de famílias em todo o país e, além de reduzir a pobreza e a fome, diminuiu também a taxa de mortalidade infantil, de trabalho infantil e da evasão escolar.
Uma das falas reproduzidas por falta de informação por parte da população, segundo a ministra, é o discurso de que as famílias beneficiadas teriam mais filhos para continuar ganhando o valor repassado pelo programa.
“A taxa de natalidade caiu 10% no Brasil, no Nordeste caiu 26%. Não só não é verdade que as famílias têm tido mais filhos, como é verdade que elas têm reduzido o número de filhos. Mas as pessoas continuam reproduzindo o preconceito”, afirmou
Campello ressaltou que o Bolsa Família está garantido no orçamento de 2016 e informou que, além de corresponder a 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, a cada R$ 1 investido, o retorno é de R$ 1,78, o que ajudar a aquecer a economia local.
Tereza Campello garantiu que não é o Bolsa Família que causa impacto no Orçamento ou desequilibra a economia. “O governo está fazendo um esforço para garantir que as despesas e receitas permaneçam equilibradas e o programa tem ajudado a economia”.
De acordo com a ministra, só no ano passado, 600 mil famílias deixaram o Bolsa Família.
Da Redação da Agência PT de Notícias