A presidenta Dilma Rousseff disse, nesta sexta-feira (30), durante o Encontro Estadual do PT em Minas Gerais, que o brasileiro deve ter orgulho de sediar a Copa do Mundo de 2014 e que, mesmo presa, não deixou de torcer pela seleção canarinho na década de 70. O evento contou com a participação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do pré-candidato do partido ao governo do estado, Fernando Pimentel. Ouça os discursos aqui!
“No passado, fomos presos no ano da Copa e mesmo presos torcíamos pela seleção brasileira, de cabeça erguida, porque a seleção é do povo brasileiro.”, afirmou.
“Não torcer pela seleção é não ser capaz de ter orgulho do próprio país, é ter complexo de vira-latas, como dizia Nelson Rodrigues”, afirmou.
Dilma destacou a importância dos investimentos do governo federal para a população mineira nos últimos 11 anos. Lembrou que foram enviados recursos para infraestrutura, aeroportos, hidrelétricas, barragem, metrô e corredores de ônibus. “Algumas obras não avançaram porque o governo do estado não concluiu o projeto e enquanto não concluir, não pode fazer”, explicou a presidenta.
Ela também falou sobre a entrega de 199 mil moradias aos mineiros, por meio do Minha Casa, Minha Vida, além do investimento de R$ 7,1 bilhões de reais em benefício das famílias que recebem Bolsa Família em Minas.
“Esse, sem dúvida, é o maior investimento da história em Minas Gerais, que vai permitir que as famílias realizem o sonho da casa própria” afirmou a presidenta.
O governo também investiu na criação de institutos tecnológicos, campis universitários e fábricas que resultam em emprego e renda, conforme lembrou.
Miopia – Sobre a oposição, Dilma criticou os que dizem que o País é um cemitério de obra. “O Brasil é um continente de obras sociais, de infraestrutura, saneamento, posto de saúde, universidade e outros”.
“Hoje eles estão tentando aparecer como defensores do Bolsa Família, quando chamavam o programa de Bolsa Esmola”, disse.
“Nunca deram importância para essa fantástica redução da desigualdade que o Brasil passou”, lembrou.
Humildade – Para Lula, as comparações entre os 12 anos dos governos do PT e o século de atrasos que o Brasil havia passado despertam a ira da oposição.“O que eles não suportam é que nós, humildemente, os ensinamos a governar este País”, disse.
” Eles não suportam que nós inauguramos mais escolas técnicas que eles, em um século”, lembrou Lula.
Ele defendeu, mais uma vez, a criação de um Marco Regulatório da Mídia no Brasil e relembrou os anos de atraso que Minas Gerais enfrenta. “A imprensa tem total liberdade de ser contra nós. Não de ser neutra, mas de ser contra nós. Hoje, a imprensa é o maior partido contra nós”, declarou.
O presidente lembrou o nível de endividamento daquele estado.“Todos sabem que Minas é o Estado mais endividado desse país, se olharmos a dívida em relação ao PIB”, pontuou.
“Qual a grande obra de infraestrutura que eles fizeram neste estado?”, questionou Lula.
Paz e amor – Lula alertou a militância sobre as agressões e desrespeitos presidenta Dilma praticados pelos adversário e por setores da mídia. Ele pediu que os petista não sejam raivosos e disse que é necessário instituir a “Dilminha Paz e Amor’.
Por sua vez, Dilma, bem humorada, aceitou a proposta, mas garantiu que não levará desaforo pra casa. . Segundo ela, há pré-candidato à Presidência que prometeu o retorno das medidas impopulares como desemprego, arrocho salarial, aumento da desigualdade e total submissão ao Fundo Monetário Internacional.
Pimentel – Dilma e Lula aproveitaram o evento para reforçar o apoio à candidatura de Fernando Pimentel ao governo mineiro.
“Pimentel não é daqueles que viram as costas para sua cidade e para seu Estado”, disse Dilma.
“Hoje temos um grupo que pretende dominar Minas Gerais, mas os mineiros sempre quiseram ter o direito de caminhar com as próprias pernas”, lembrou a presidenta.
O pré-candidato explicou que a caravana “Melhor para você” vai inaugurar a chegada de um novo tempo a Minas Gerais. “Estamos colhendo principalmente os desejos e os sonhos dos mineiros para construir um plano de governo”, declarou.
“Assistimos a uma total ausência do governo do Estado, que deveria atuar e estar presente, respeitando o voto de quem os elegeu. Vamos fazer em Minas o que Dilma e Lula estão fazendo pelo Brasil”, completou Pimentel.
Por Mariana Zoccoli, da Agência PT de Notícias