Segundo a presidenta Dilma Rousseff, o uso da rede de internet do Palácio do Planalto para alterar os perfis de jornalistas na Wikipédia, enciclopédia virtual, foi um ato “inadmissível”. Na declaração, feita ontem (9) após caminhada em Osasco, São Paulo, ela disse que a ação é intolerável para qualquer governo e que já solicitou um investigação sobre o caso.
“A minha opinião é que isso é absolutamente inadmissível por parte do Planalto, do governo federal, ou por parte de qualquer governo”, afirmou . A presidenta destacou que determinou à Casa Civil uma investigação com a participação do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), do Ministério da Justiça, da Polícia Federal, da Secretaria-Geral da Presidência e da Controladoria-Geral da União (CGU).
“Eu, particularmente, acho, pela experiência que a gente sabe que existe, que é possível descobrir. Não vou falar ‘vai ser descoberto’, mas acho que é possível descobrir”, acrescentou. Ela lembrou, inclusive, o episódio em que teve seu e-mail invadido. “O meu e-mail foi pirateado, a minha conta era UOL. Abriram meu e-mail no final da campanha de 2010, ou no início, não me lembro ao certo. Eu repudio integralmente esse tipo de ação, como o fiz diante de todos os vazamentos”, opinou.
De acordo com reportagem do jornal O Globo, publicada na quinta-feira (8), os perfis dos jornalistas Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg, ambos da Rede Globo, na Wikipédia, foram alterados com a inclusão de críticas às atuações dos profissionais. A alteração foi feita em maio, utilizando a rede do Palácio do Planalto.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Agência Brasil