O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lançaram na tarde desta segunda-feira, 27, em Brasília, o Movimento Nacional pela Vacinação.
O evento contou com a presença da primeira dama, Janja Silva, do vice-presidente, Geraldo Alckmin, e do maior símbolo da vacinação no Brasil, o Zé Gotinha.
Durante a solenidade, pessoas idosas e Lula receberam a vacina de reforço bivalente contra a Covid-19. No presidente da República, a vacina foi aplicada pelo vice-presidente, Geraldo Alckmin, que também é médico.
Lula parabenizou a ministra Nísia Trindade por sua trajetória e lembrou que o Brasil já foi o país campeão mundial de vacinação. Ele pediu para a sociedade brasileira não acreditar no negacionismo.
“Agora nós temos uma ministra da Saúde preocupada com a saúde nesse país. A nossa ministra Nísia Trindade, que era presidenta da Fiocruz, foi convidada por mim para ser ministra porque o histórico dela fazia com que acreditássemos no compromisso, no caráter e no conhecimento dela para cuidar da saúde do povo mais pobre desse país. O Brasil era o país mais respeitado no mundo pela sua capacidade e qualidade das nossas enfermeiras e enfermeiros”.
O presidente também destacou a importância da vacinação contra a paralisia infantil, caxumba, sarampo e lembrou a imunização contra a Gripe H1N1, em 2010, nos governos do PT, quando em três meses o país vacinou 80 milhões de pessoas: “Muito mais do que o que foi vacinado nos dois anos de pandemia da Covid-19”.
“Hoje, não é um gesto apenas para dizer que vamos ter vacina para todas as pessoas. Vamos ter vacinas em nossos postos espalhados pelo país inteiro. Não acreditem no negacionismo. É importante garantirmos a vacinação para evitarmos desgraças maiores na vida da gente. Não querer tomar vacina é um direito de qualquer um, mas tomar vacina é um gesto de responsabilidade e garantias para a sua família. A vacina é garantia de vida, é ser solidário, é gostar e preservar a vida”.
Cobertura de todas as vacinas
O Movimento Nacional pela Vacinação prevê ações para ampliar as coberturas de todas as vacinas disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com o secretário-geral do Ministério da Saúde, Swedenberger Barbosa, Lula deverá receber a dose de uma das vacinas do Plano Nacional de Imunização para dar o exemplo de que o governo Lula defende a ciência e incentiva a população a se proteger contra doenças por meio dos imunizantes.
“Estamos vivendo um novo paradigma de respeito à saúde da população. O governo incentivará ao máximo as campanhas de vacinação lançadas pelo Ministério da Saúde, que apoiará todas as iniciativas de estados e municípios neste sentido”, garante Swedenberger Barbosa.
A campanha de vacinação tem o objetivo prioritário de aumentar as coberturas vacinais, abandonada no governo de Bolsonaro. Desde o golpe em 2016 contra Dilma Rousseff, o Brasil enfrenta queda na cobertura vacinal, situação culminada com a omissão criminosa, como apontou a CPI da Covid no Senado, na compra de vacinas contra o Coronavírus, o que teria salvado centenas de milhares de vidas.
O desmonte bolsonarista cortou, ainda, R$ 3,3 bilhões do orçamento da Saúde para 2023. Como vacinação nunca foi prioridade de Bolsonaro, o Brasil sofre com a volta de doenças até então erradicadas como sarampo e poliomielite, no caso infantil, e uma nova onda de Covid-19, quando a compra de imunizante já deveria estar acertada. O Instituto Butantã informou não haver nenhum contrato assinado pela gestão do ministro Marcelo Queiroga para a compra de imunizantes para o Programa Nacional de Imunização em 2023.
A coordenadora do Setorial Nacional de Saúde do PT, Eliane Cruz, celebra o lançamento da campanha de vacinação no Brasil com o governo Lula e destaca que o movimento é uma conquista para o povo brasileiro.
“Hoje é um dia de felicidade para os profissionais de saúde e para a sociedade, que nestes últimos dois anos lutou para que tivéssemos vacina no braço e comida no prato”.
Ouça Eliane Cruz:
Reforço contra a Covid-19
Nesta segunda-feira, teve início a vacinação com doses de reforço bivalentes contra a Covid-19 em pessoas com maior risco de desenvolver formas graves da doença, como idosos acima de 60 anos e pessoas com deficiência.
Também será intensificada a campanha contra a Influenza no mês de abril, antes da chegada do inverno, quando as baixas temperaturas levam ao aumento dos casos de doenças respiratórias. Haverá, ainda, ação de multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas.
“Estamos diante de um cenário de baixas coberturas. Foi atacada a confiança da nossa população nas nossas vacinas. É fundamental retomar a rotina de vacinação para evitarmos epidemias de doenças, inclusive, já controladas”, destaca a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
No lançamento do movimento, a ministra exaltou o papel do SUS e a importância na defesa da vida por meio da vacinação.
“Vacina é vida, vacina é SUS. Vamos proteger nossas vidas. Agora é o momento em defesa da vida, de união e da reconstrução. Viva o SUS e a volta do Zé Gotinha”.
Ouça o boletim da Rádio PT sobre o Movimento Nacional de Vacinação:
Confira o calendário de vacinas aqui.
Assista o lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, na íntegra, abaixo:
Da Redação