Um soldado da Polícia Militar foi preso, nesta segunda-feira (24), suspeito de participar da chacina que matou 18 pessoas em Osasco e Barueri, na Grande São Paulo. O policial de 30 anos foi reconhecido por uma das testemunhas da chacina, que estava em Osasco, por meio de uma fotografia mostrada pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo as investigações, o rapaz trabalhava na Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), onde foi detido.
O soldado preso prestou depoimento na Corregedoria e negou as acusações. Ele afirmou que estava com a namorada, na residência dela, no horário dos assassinatos. O policial preso estava afastado das ruas e já foi indiciado por cinco homicídios, além de ser suspeito de integrar um grupo de extermínio. Porém, foi inocentado em dois casos.
A principal suspeita das autoridades policiais é que os ataques com mortes tenham sido cometidos por policiais militares e guardas-civis para vingar os assassinatos de um cabo, no dia 7, e de um guarda civil, no dia 11 de agosto.
Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão nos locais onde os suspeitos trabalham e moram. Serão apreendidas armas para comparação com os projéteis encontrados nos mortos.
Segundo dados coletados pelo portal “G1”, a Comissão de Violência e Letalidade Policial do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) fez um levantamento que mostra que 110 pessoas de seis cidades podem ter sido executadas a tiros por policiais militares, policiais civis e guardas civis entre 2012 e 2015.
O Condepe investiga a suspeita da participação de agentes públicos de segurança em 20 casos de chacinas e execuções ocorridas nos últimos quatro anos no estado de São Paulo. De acordo com o relatório, além de Osasco e Barueri, onde ocorreram a última chacina, São Paulo, Mogi das Cruzes, Carapicuíba e Itapevi também tiveram execuções supostamente cometidas por policiais.
Da Redação da Agência PT de Notícias