O advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, avalia que a tese usada pelo pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff perdeu “fôlego” com a decisão da equipe econômica de pagar ainda este ano as dívidas do governo federal com bancos e fundos estatais.
Para Adams, a quitação ajuda a demonstrar que o governo está disposto a cumprir as orientações dos órgãos de controle, segundo noticia o jornal “Estado de S. Paulo”, nesta quinta-feira (31).
O advogado-geral argumentou que não há consenso nem mesmo entre os partidos da oposição sobre a saída de Dilma e que um eventual impeachment da presidenta sem “unidade” poderia criar uma “fratura” institucional do País.
“Um país que sofra um processo de cassação sem uma unidade é um país que se fratura, e essa é uma fratura política muito pesada, muito forte, muito complicada. Por isso que eu acho que esse processo de cassação não tem fôlego para sobreviver. Porque a sustentação dele é só política, não é jurídica”, afirmou.
Por isso, o governo continua com “pressa” para tirar o assunto da pauta. “Pressa a gente tem. Mas o problema é que o processo está paralisado, e a retomada depende da Câmara”, disse.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações do “Estado de S. Paulo”