A indústria brasileira recuou 10,9% em maio em relação a abril, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com isso, a produção física da indústria nacional recuou aos índices registrados em 2003.
Foi o segundo pior resultado para maio da série histórica do IBGE, iniciada em 2002. Segundo o levantamento, o resultado está quase 24% abaixo dos resultados registrados em maio de 2011.
O principal motivo do resultado negativo foi a greve dos caminhoneiros, que afetou por 11 dias o processo de produção de várias indústrias. Greve, aliás, desencadeada em parte pelo valor abusivo do óleo diesel, resultado da política de reajuste de preços adotada pela Petrobras e avalizada pela gestão Temer.
“A greve desarticulou o processo de produção em si, seja pelo abastecimento de matéria prima, seja pela questão da logística na distribuição. A entrada do mês de maio caracterizou uma redução importante no ritmo de produção”, explicou o coordenador do levantamento André Macedo.
Das 26 atividades pesquisadas, 24 tiveram queda na produção. Além disso, atingiram as quatro grandes categorias econômicas. Os bens duráveis tiveram um tombo de 27,4%. Os bens de consumo semi e não duráveis caíram 12,2%. Já bens de capital (máquinas e equipamentos) e bens intermediários (insumos industrializados) caíram, respectivamente, 18,3% e 5,6%.
O pior registro para o mês de maio foi em 2008, durante a crise internacional. O prejuízo para a indústria derrubou a produção, na época, em 11,2%.
Por PT no Senado