Os professores de rede estadual de ensino aprovaram, na tarde de quarta-feira (3), a continuidade na greve que já dura 83 dias. A paralisação já é a maior realizada pela categoria no estado.
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (APEOESP), entidade que representa os professores em greve, afirma que tem tentado negociação com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e com o Secretário de Educação, Herman Voorwald. No entanto, segundo o sindicato, o governo sinalizou que não vai negociar com professores.
Durante manifestação na avenida Paulista, 93 sub-sedes da APEOESP de todas regiões do estado estavam presentes. No caminho, diversos populares aplaudiam os manifestantes.
Na categoria de profissões que exigem curso superior, professores são os que ganham menos. A equiparação salarial é uma das principais reivindicações, que também inclui a valorização da profissão e plano de carreira, cumprimento integral do Plano Nacional de Educação (PNE), desmembramento de salas superlotadas e máximo de 25 alunos por sala.
Uma exigência tem destaque: água em todas as escolas. De acordo com o sindicato, foi registrado que escolas na região metropolitana de São Paulo estão fechadas e dispensam alunos pela crise hídrica que assola o estado.
Recentemente, o governador Alckmin proibiu os professores em greve de entrar nas escolas que lecionam para conversar com seus pares. Além disso, o governo tucano também cortou o salários dos grevistas.
A APEOESP marcou para o dia 12 de junho mais uma assembléia no Vão Livre do MASP para deliberar sobre os rumos da greve.
Por Gustavo Mello, da Agência PT de Notícias