Um ato público nesta quarta-feira (16), na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, marcará o lançamento do manifesto “Impeachment, legalidade e democracia”, divulgado na quinta-feira (10) e assinado, até o momento, por quase 7 mil professores.
Segundo a organização, o ato também faz parte da mobilização para as manifestações marcadas para as 17h, no Museu de Arte de São Paulo (Masp).
Os professores universitários signatários do abaixo-assinado reafirmam que o impeachment é um “instituto reservado para circunstâncias extremas, um instrumento criado para proteger a democracia”.
“Por isso, ele não pode jamais ser utilizado para ameaçá-la ou enfraquecê-la, sob pena de incomensurável retrocesso político e institucional”, afirma o documento.
Diversos apoiadores do documento já haviam se pronunciado, em outras ocasiões, contrários a um processo de impeachment por entenderem que ele “serviria a propósitos ilegítimos”.
“Papéis institucionais não podem, nem por um instante, ser confundidos com interesses políticos pessoais, nem com agendas partidárias de ocasião que desprezem o interesse da sociedade como um todo”, diz o manifesto.
Os professores lembram ainda que um processo de impeachment não pode tramitar sem que seus ritos sejam “inteiramente” conhecidos pela sociedade.
O evento na tradicional faculdade terá a presença de intelectuais como o economista da Unicamp, Luiz Gonzaga Belluzzo, o cientista político da USP, André Singer, o neurobiólogo, Miguel Nicolelis, a arquiteta, Ermínia Maricato, a educadora e historiadora, Maria Victoria Benevides, e o professor de letras, Alfredo Bosi, todos da USP, entre outros.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da “Rede Brasil Atual”