Partido dos Trabalhadores

Programa federal de cobrança reforça ajuste fiscal

Com prazo até 30 de setembro, adesão ao Prorelit atende empresas que possuem débitos vencidos até 30 de junho de 2015 e que desistam de processos

Programa nacional instituído pela presidenta Dilma Rousseff visa recuperação de créditos tributários de contribuintes, pessoas jurídicas, em dívida com a União. A Medida Provisória nº 685/2015 foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira (22).

O Programa de Redução de Litígios Tributários (Prorelit) prevê a recuperação de débitos fiscais de empresas e quitação da dívida com vantagens para o devedor.

Em um cenário de queda na arrecadação de impostos pelo Tesouro, o programa pode representar um reforço para o caixa federal e esforço adicional de acomodação de receitas ao ajuste fiscal. A adesão ao Prorelit deve ser requerida pelo interessado até 30 de setembro de 2015.

Na apresentação do requerimento de adesão, o programa exige pagamento mínimo de 43% do valor dos débitos e quitação do saldo remanescente com a utilização de mecanismos tributários especificados na MP – créditos próprios de prejuízos fiscais e de base de cálculo negativa da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), apurados até 31 de dezembro de 2013 e declarados até 30 de junho de 2015.

De acordo com a MP, podem se beneficiar empresas controladas e controladoras, com débitos vencidos até 30 de junho deste ano (2015), que estejam sob “discussão administrativa ou judicial perante a Secretaria da Receita Federal ou Procuradoria-Geral da Fazenda nacional”. Desistir do contencioso federal é condição preliminar para adesão.

“Para aderir ao programa o sujeito passivo deverá comprovar a desistência expressa e irrevogável das impugnações ou dos recursos administrativos e das ações judiciais que tenham por objeto os débitos que serão quitados e renunciar a qualquer alegação de direito sobre as quais se fundem as referidas impugnações e recursos ou ações”, alerta o texto da medida provisória.

A Agência PT de Notícias procurou a Associação Nacional dos Fiscais Federais (Anfip) para comentar o programa, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.

Por Márcio de Moraes, da Agência PT de Notícias