Como prometido pelo presidente Lula desde a campanha eleitoral, o churrasco passou a pesar menos no bolso dos brasileiros, um movimento que persistiu no primeiro semestre deste ano. É o que confirmam os resultados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), divulgado pelo IBGE na quarta-feira (10): nos seis primeiros meses do ano, o preço das carnes subiu apenas em janeiro (0,08%) e acumulou queda de 2,98% no período. Nos últimos 12 meses, o recuo é ainda maior, de 6,5%.
O assunto é destaque em matéria publicada pelo Uol, que mostra que a redução dos preços foi verificada em todos os 16 cortes pesquisados.
Entre os tipos de carnes analisados mensalmente, as maiores baixas do primeiro semestre foram apuradas nos preços do fígado (-8,2%) e do lagarto redondo (-5,2%). Já a costela apresenta queda de 11,9% e fica atrás apenas do fígado (-21,7%).
As carnes estão mais baratas em todas as capitais que compõem o índice. Entre janeiro e junho, os destaques ficam por conta do Rio de Janeiro (-5,1%), de Salvador (-4,55%) e Belém (-4,28%). Por outro lado, as menores quedas foram verificadas em Recife (-0,78%), Distrito Federal (-1,02%) e Fortaleza (-1%).
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Em 2023, queda foi de 9,4%
E não é só apenas em 2024 que o ambiente é favorável para os amantes do churrasco. Em 2023, primeiro ano do terceiro mandato de Lula, o preço das carnes caiu 9,4%, também com todos os cortes mais baratos em relação ao fim de 2022.
Mais oferta, menor preço
O IBGE destaca também o reflexo da maior oferta na redução dos preços. “O que explica a redução nos preços das carnes em 2023 e no primeiro semestre é um aumento significativo da oferta no mercado doméstico”, afirma ao Uol André Almeida, gerente do IPCA.
Matheus Dias, economista do FGV Ibre, reforça essa análise. “O aumento da oferta é a principal consequência da redução de preço das carnes. Se tem mais bovinos disponíveis para corte e para o consumo de carne, isso faz com que o preço caia”, diz.
No rumo certo
Os dados demonstrados pelo IBGE confirmam o acerto das políticas do governo Lula de estímulo à produção, sendo uma das principais a ampliação do acesso ao crédito para os produtores.
Ao mesmo tempo, a redução do preço das carnes é acompanhada por iniciativas que estimulam o consumo, por meio da geração de empregos, do fortalecimento dos salários, da transferência de renda, entre outras.
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Da Redação, com informações do Uol