O protagonismo das mulheres nas Eleições 2018 à frente de grandes mobilizações e sendo a maioria do eleitorado brasileiro permanece para o segundo turno.
A exemplo do que aconteceu no dia 29 de setembro, com a histórica manifestação do movimento #EleNão, contrária à candidatura de extrema-direita de Jair Bolsonaro (PSL), as mulheres permanecem mobilizadas para o enfrentamento no segundo turno.
Nesta quinta-feira (11), o Comitê Nacional de Mulheres com Haddad e Manuela, constituído por lideranças de movimentos populares e de partidos políticos do campo progressista, se reuniu para articular as próximas mobilizações em defesa da candidatura petista, única via possível para a manutenção da democracia e de direitos que encontram-se ameaçados pelo avanço do conservadorismo no Brasil. As datas e locais dos atos ainda não foram definidas.
Nesta segunda etapa, o grupo de trabalho conta também com lideranças do PSOL e PDT. As siglas, que tiveram candidaturas próprias à Presidência no primeiro turno, manifestaram apoio à eleição de Fernando Haddad no dia 28 de outubro.
A secretária nacional de Mulheres do PT, Anne Karolyne, ressaltou a relevância da união das forças progressistas em torno do projeto representado por Haddad e Manuela D`Ávila (PCdoB) e pontuou que o momento é de intensificar o diálogo com as mulheres.
“Temos um conjunto de lideranças importantes e históricas que agora unem forças para vencermos a eleição no segundo turno. Vamos construir uma grande mobilização nacional, e queremos dialogar sobretudo com as mulheres chefes de família, que são as que mais sofrem com a retirada de direitos”, destacou Anne.
As mobilizações lideradas por mulheres no primeiro turno, na avaliação da secretária nacional de Mulheres do PCdoB, Angela Albino, foram decisivas para o resultado obtido nas urnas.
“As mulheres cumpriram um grande papel no primeiro turno, e agora serão decisivas para que o Brasil permaneça na democracia. A eleição do Haddad e Manuela é a chave para um futuro amoroso, com desenvolvimento e proteção às mulheres”, completou.
Representante da Executiva Nacional do PSOL, Paula Coradi também reforçou que o voto das mulheres decidirá o caminho que o Brasil seguirá depois das eleições e que por isso “é fundamental que esse setor que está fortemente organizado permaneça mobilizado e impeça o retrocesso enorme que seria a vitória do Jair Bolsonaro.”
A candidata que disputou como co-presidenta na chapa do PSOL, Sônia Guajajara, também reiterou o apoio da sigla a Haddad e Manuela e destacou que trata-se de uma escolha entre “a barbárie e a liberdade.”
“Nós, mulheres indígenas, estamos com Haddad para continuar existindo. Não podemos deixar que o ódio e a violência venha destruir a nossa dignidade, a nossa liberdade e os nossos corpos”, reforçou.
Para a ministra de Mulheres do governo de Dilma Rousseff, Eleonora Menicucci, que também integra o Comitê, defender que Haddad seja o presidente, além de ser essencial à democracia, é ainda uma forma de “fazer justiça a toda uma geração que lutou contra a ditadura”, regime do qual o candidato do PSL é saudosista.
“O projeto do Haddad representa a volta do Estado Democrático de Direito, que só pode ser retomado por meio da soberania popular, do voto. É também um basta no avanço do autoritarismo, do clima de ódio e da intolerância que está instalado no Brasil desde 2016”, concluiu Eleonora.
Por Geisa Marques, da Redação da Secretaria Nacional de Mulheres do PT