Com trânsito fechado em parte do centro do Rio de Janeiro (RJ), foi realizada no final da tarde de terça-feira (8) a primeira manifestação de rua contra o pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff após a aceitação da proposta pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), eleito pelo público presente ao protesto realizado em seu domicílio eleitoral.
Cerca de cinco mil manifestantes participaram do ato, segundo estimativas da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que liderou a convocação da militância ao lado de outras centrais e movimentos sociais.
De acordo com o portal “G1”, a manifestação conseguiu interditar as principais avenidas do centro da cidade e suas marginais, como Presidente Vargas e Rio Branco, sentido Cinelândia. A manifestação foi marcada pelo ritmo do samba e milhares de manifestantes caminhando em direção à Cinelândia.
À frente, uma banda musical puxava o coro para a canção popular “se gritar pega ladrão, não fica um meu irmão”. Cartazes e faixa propunham a cassação do presidente da Câmara com os dizeres “Fora Cunha”, expressão que também estampava as camisetas dos manifestantes.
“É um ato que defende a democracia, um ato contra o golpismo e contra o retrocesso para os trabalhadores. O impeachment só retira direitos”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
O sindicalita definiu o processo “conservador” e violação à soberania da eleição democrática, ao defender interesses de setores da direita em detrimento das classes trabalhadoras.
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias