O líder do PT Câmara, Sibá Machado (AC), repudiou nesta quarta-feira (11) a insistência do PSDB e de seus partidos satélites (como DEM e PPS) de promover um golpe de Estado no Brasil, com base “em mentiras grotescas” espalhadas dia e noite pelos tucanos por intermédio da imprensa a eles aliada. Sibá citou o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), como um legítimo representante da histeria golpista, alimentada pelo não reconhecimento da oposição de que a presidenta Dilma Rousseff ganhou as eleições do tucano Aécio Neves há mais de um ano.
Segundo Sibá, cada vez que sobe à tribuna o líder do PSDB “respinga ódio por todos os poros”, chegando ao cúmulo de fantasiar que poderia interditar a composição ministerial do governo Dilma. “Os tucanos que vençam as eleições para montarem o seu governo”, disse o líder petista.
Ele criticou também o recorrente discurso de Sampaio sobre corrupção, lembrando que a própria emenda da reeleição de Fernando Henrique Cardoso, em 1997, foi comprada no Congresso. Cada voto custou o equivalente a US$ 200 mil (cerca de R$ 750 mil reais, ao câmbio de hoje), conforme publicado na época pelo jornal Folha de S. Paulo. “Inauguraram uma tecnologia tucana (de compra de votos) que ficou por isso mesmo”, comentou Sibá.
Homem da mala – O líder também citou denúncias sobre escândalos envolvendo Carlos Sampaio publicadas em blogs, uma delas a respeito de suspeitas doações que ele mesmo fez a suas campanhas eleitorais. O tucano doou R$ 40 mil para sua campanha. Mas o que chama atenção é que a doação dele para ele mesmo não saiu de suas contas bancárias. Foi em dinheiro vivo, e sem que ele tenha declarado possuir dinheiro em espécie em sua declaração de bens, da qual também não consta nenhuma atividade econômica que possa receber dinheiro em espécie, como é comum em caso de lojistas, por exemplo, publicou o site Rede Brasil Atual.
Sibá ironizou a insistência de Sampaio e seus aliados em falar sobre as chamadas pedaladas fiscais, prática adotada por outros governos, inclusive o de FHC, e governadores atuais, entre eles o tucano Geraldo Alckmin (SP). O relatório do Tribunal de Contas da União usado pelo PSDB contra o governo Dilma foi criticado por Sibá. “Foi um gesto político, midiático, para o TCU aparecer no Jornal Nacional”, ironizou Sibá.
Na opinião do líder do PT, o PSDB, ao não reconhecer sua derrota no ano passado e insistir no golpe de Estado, mostra que perdeu o bonde da história. “Os tucanos estão na marcha à ré, na contramão da história”. Ele lamentou que um partido que disse ter nascido em defesa da democracia e teve expoentes democratas como Mário Covas, alie-se hoje com os setores mais reacionários da sociedade, em defesa do rompimento democrático. “Mário Covas deve estar se revirando onde quer que esteja, constrangido pelo papel atual do PSDB no País”.
Para Sibá, faltam gestos de grandeza ao PSDB, “hoje muito mal liderado na Câmara por Carlos Sampaio”. O líder do PT disse que é preciso tolerância e civilidade, como faz a presidenta Dilma, que, independentemente da cor partidária, fala e atende os governadores. Como exemplo, citou a cooperação dela com o governador Alckmin para solucionar o problema da falta de água em São Paulo. “O tempo do golpe passou, não podemos reviver história passadas, como as tentativas de deposição de Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart. “Golpe no Brasil não passará, jamais!”
Do PT na Câmara