O PSL gastou dinheiro público do fundo eleitoral para fazer bonecos infláveis de Jair Bolsonaro e Luciano Bivar, em 2019, segundo reportagem da Folha de S. Paulo, desta quinta-feira (6). De acordo com a publicação, foram confeccionados 14 bonecões que custaram R$ 33 mil.
Os objetos foram usados para uma campanha de filiação e o dinheiro gasto nos eventos vieram exclusivamente do Fundo Partidário que, segundo a Folha, “bancou bufês, brindes, camisetas, aluguel de hotéis, de ônibus, segurança, assessoria, aparelhagem de som e vídeo e a colocação da imagem de Bolsonaro, Bivar e de políticos da legenda em outdoors espalhados por todo o Brasil“.
O jornal ouviu especialistas e advogados eleitorais que explicaram que a lei permite o gasto com a propaganda doutrinária e política e para o alistamento de filiados, porém as ações não podem ferir os princípios da moralidade, da impessoalidade e da economicidade na administração pública. Segundo Roberto Livianu, doutor em direito pela USP e procurador de Justiça por São Paulo, “usar o dinheiro do fundo para fazer um boneco que reproduz a feição do coronel que dirige o partido não me parece condizente”, diz sobre a confecção de bonecos infláveis de Bolsonaro e Bivar e prossegue:
“Já não seria muito bonito fazer com o dinheiro dele, seria algo estranho, caricatural até. Agora, fazer com o dinheiro público, me parece muito difícil defender, muito pouco sustentável do ponto de vista da moralidade”, afirmou Livianu.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo