O líder do PT na Câmara, Elvino Bohn Gass (RS), informou hoje (23) que a bancada vai protocolar representação no Tribunal de Contas da União para que sejam levantados todos os gastos do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro em sua viagem realizada neste domingo ao Rio de Janeiro a fim de promover ato político em tom de comício eleitoral em defesa de seu governo. A partir do levantamento do TCU, o PT quer tomar todas as medidas legais contra Bolsonaro.
A bancada do PT vai encaminhar também requerimento de informações à Casa Civil da Presidência da República para que sejam detalhados todos os gastos, como custo de locomoção de Bolsonaro e assessores em avião presidencial e em helicóptero, total de diárias, número de pessoas envolvidas na operação e outras despesas efetuadas para sua ida ao Rio, onde houve também manifestação com motociclistas bolsonaristas pelas ruas da cidade.
Genocida
“Enquanto o Brasil já conta com quase meio milhão de mortes por Covid-19, em razão de uma política irresponsável e genocida de Bolsonaro, que desprezou a vacinação da população, o ex-capitão vai ao Rio para festejar o quê com o dinheiro do contribuinte?”, indagou Bohn Gass. “Em vez de acelerar a moto, como fez no Rio, devia ter é pisado no acelerador para comprar vacinas contra a Covid-19 para o povo brasileiro”, acrescentou.
O líder do PT também questionou as despesas da Polícia Militar do Rio de Janeiro, que usou centenas de policiais para fazer a segurança do capitão-presidente num ato político custeado pelos contribuintes.
“O direito à manifestação é garantido pela Constituição, mas não o uso de dinheiro público para fazer ato político em tom de comício, muito menos fora de época de campanha eleitoral”, afirmou Bohn Gass.
“ Pior ainda, o presidente da República, que devia dar exemplo ao País, voltou a participar de atividade pública sem máscara, numa atitude irresponsável que mostra seu desprezo à vida e desrespeito a todas as regras de prevenção à Covid-19”, comentou o líder do PT.
Para Bohn Gass, é um acinte à população Bolsonaro comparecer sem máscara no ato convocado por ele em apoio ao seu próprio governo, com aglomeração nas imediações do Parque Aquático Maria Lenk, na zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã deste domingo (23).
General sem máscara
O militar presidente fez a convocação pelas redes sociais, levando a aglomeração de apoiadores se que se deslocaram de moto para a capital fluminense, aumentando assim o risco de propagação do coronavírus.
Bolsonaro abraçou apoiadores e bajuladores e promoveu comício ao lado do ex-ministro da Saúde, general da ativa Eduardo Pazzuello, que também estava sem máscara.
Do PT na Câmara