A Secretaria Nacional de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT vai participar diretamente das atividades que foram definidas para o Calendário Unitário de Lutas, aprovado no início de março pelas organizações das lutas populares brasileiras.
O calendário de lutas foi aprovado durante encontro realizado em São Paulo, que reuniu mais de 500 lideranças de movimentos sindicais e populares, organizações da sociedade civil e de partidos políticos que englobam as duas grandes frentes populares, que são a Brasil Popular e a Povo Sem Medo.
A reunião ocorreu de forma presencial, na sede da CUT, e também através da plataforma Zoom, com grande participação de militantes dos estados
Durante o encontro das organizações foram debatidos os desafios da conjuntura, as lutas populares que dão base à sua unidade, iniciativas e mobilizações para o avanço dos governos nos interesses da classe trabalhadora.
Em entrevista à TvPT nesta sexta-feira (24), Lucinha Barbosa, secretária nacional de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT, falou sobre a realização da reunião e a agenda de atividades aprovada no evento.
“Um dos objetivos nossos nesta reunião foi construir uma agenda minimamente até o mês de maio e início de junho, lógico que no decorrer aparecem novas demandas pontuais, de cada estado e de cada organização. Mas dentre todas agendas que a gente pactuou, a última foi essa do dia 21 contra os juros altos antes da reunião do Copom. Um absurdo essa intervenção do Banco Central, cuja postura não ajuda nessa trajetória de retomada, de reconstrução do país pretendida pelo governo Lula”, disse a secretaria.
Segundo ela, a futura grande manifestação que deverá ser realizada pelas organizações populares será a do 1º de Maio, Dia do Trabalhador. “Será uma grande atividade e a gente conclama para isso toda a militância do Partido dos Trabalhadores, dos partidos de esquerda, das organizações populares que compõem as frentes e as centrais sindicais para fazer essa grande mobilização nacional”.
“O primeiro de maio tem que ser uma grande agenda da esquerda porque não podemos fugir do nosso olhar de que nós vencemos a eleição, nós ganhamos com o presidente Lula e essa foi uma grande vitória da classe trabalhadora e do conjunto da sociedade, mas nós não vencemos a extrema-direita, o pensamento do ódio, do terror, do grande capital, enfim”.
“Então a nossa militância precisa ter em mente que temos que construir uma grande mobilização social. E não só com a militância das organizações populares, pois nós precisamos incidir no conjunto da sociedade. Por isso, nós precisamos trabalhar muito na base, convocando a população e debatendo a importância das ações do nosso governo e dos programas sociais. Temos que envolver a participação social no nosso governo”, destacou Lucinha durante a entrevista.
Assista a íntegra da entrevista:
Convocação dos diretórios e militância
Em comunicado enviado aos Diretórios Estaduais e às Secretarias Estaduais do PT, a SNMPPS conclamou as direções dessas instâncias do partido a “integrar na construção e mobilização das agendas, em conjunto com os movimentos populares das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo”.
Conforme enfatizou a secretária Lucinha Barbosa durante a entrevista, o PT já esteve presente nas manifestações e atos que marcaram o “Dia de Luta por Juros Baixos, Fora Campos Neto!” na última terça-feira (21) em várias capitais e cidades do país.
Dentro do Calendário Unitário de Lutas serão realizados atos e manifestações nas seguintes datas de abril e maio, que contarão com a presença efetiva do PT:
1º de abril: Ditadura nunca mais! Pelo direito à Memória e a Verdade.
7 de abril: Dia Mundial da Saúde
1º de maio: Dia do Trabalhador (Ato Nacional no Vale do Anhangabaú)
Da Redação