O Partido dos Trabalhadores pedirá ao Ministério Público Federal (MPF) que se investigue o delegado da Polícia Federal Felipe de Alcântara de Barros Leal, por possível cometimento de prevaricação, ou seja, crime praticado por servidor público contra a Administração Pública.
O delegado é autor do requerimento de um “laudo paralelo” sobre as mensagens de celular apreendidas pela Polícia Federal na Operação Spoofing, que prendeu o hacker Walter Delgatti Neto. Essas mensagens revelaram como os procuradores da Lava Jato e o ex-juiz Sergio Moro participaram de um conluio para condenar o presidente Lula injustamente.
De acordo com a presidenta nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), ao pedir a confecção de um novo laudo, mesmo após a PF atestar a integridade dos diálogos, Barros Leal promoveu ato de ofício a fim de satisfazer interesses pessoais, em vez de cumprir com lealdade a missão que lhe foi atribuída.
Segundo o site Conjur, o delegado se uniu ao subprocurador-geral da República José Adonis Callou para desobedecer a uma portaria da Procuradoria-Geral da República. O PGR, Augusto Aras, havia determinado que Adonis Callou conduzisse “investigação da conduta de membros do Ministério Público Federal, na prática de infrações penais” no contexto dos diálogos que vieram a público.
Callou, porém, em vez de investigar a conduta de seus pares, encomendou o laudo, que acabou requerido a peritos por Barros Leal. Em razão desses fatos, o delegado foi afastado pela Polícia Federal do comando do setor de Serviço de Inquéritos (Sinq).
Da Redação, com informações do Conjur