Diversos dirigentes, representantes de movimentos sociais e sindicais, prefeitos, parlamentares e militantes lotaram o auditório do diretório estadual, na noite deste domingo, em reunião para acertar a participação dos petistas do Estado de São Paulo no ato do dia 16.
Ao clamar unidade da militância contra o golpe, em defesa da democracia, pela retomada do crescimento econômico e pelo fora Cunha, o presidente estadual do PT-SP, Emidio de Souza, frisou que em nenhuma das manifestações recentes houve tamanha mobilização.
Emidio ressaltou que a militância está pronta para mostrar suas forças nas ruas. “Eles [a direita] colocaram 10 mil. Nós podemos colocar 100 mil. (…) A partir de hoje, a nossa turma pode incendiar”, destacou.
Ele ainda falou que a militância deve manter a confiança que vai sair vitoriosa diante dessa tentativa de golpe e pontuou que o Partido dos Trabalhadores vai sair ainda mais militante.
Representando a bancada federal, o deputado Carlos Zaratini questionou a legitimidade da comissão criada por Eduardo Cunha para analisar o pedido de impeachment contra a presidenta Dilma. Segundo Zaratini, a irregular comissão é fruto de uma manobra de Cunha e foi criada contra a orientação dos líderes partidários no Congresso.
Para o deputado, é necessário cautela para não perder em nenhuma etapa e ampliar as manifestações contra Eduardo Cunha.
Presente na reunião, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, fez uma análise da conjuntura e pediu mobilização permanente. Ele ainda falou que vai conversar com representantes do governo Dilma para propor algumas mudanças que permitam a retomada do crescimento e não permitam manobras de Eduardo Cunha.
Rui frisou que a militância deve estar atenta, pois o impeachment é um julgamento político. Segundo ele, cessou o momento de fazer alianças com alguns setores da burguesia. “Vamos a luta”, pontuou.
Presidente do Diretório da Capital, o vereador Paulo Fiorilo anunciou que o municipal organizará uma edição do “PT na Rua” na quarta-feira, ao meio-dia, em frente ao Teatro Municipal. Segundo ele, a militância quer aproveitar o horário de almoço dos transeuntes da região central para mobilizar ainda mais pessoas para o ato da tarde.
Depois de ouvir diversos relatos de como estão acontecendo as mobilizações em várias regiões do Estado, Emidio orientou os presentes sobre a distribuição de materiais para a convocação do ato e falou que a luta contra o golpe acontece no parlamento e nas ruas. “Aqui estamos organizando as ruas”, concluiu, sob gritos de “não vai ter golpe!”.
Por Cláudio Motta Jr, do Linha Direta