O presidente Nacional do PT, Rui Falcão, vai apresentar à presidenta Dilma Rousseff a sugestão de enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei complementar para a recriação da CPMF, em vez de uma proposta de emenda à Constituição, como anunciado pelo governo.
“Como projeto de lei complementar, a viabilidade de aprovação, pelo número total de votos, parece mais viável que sob a forma de PEC”, explicou o presidente do partido. A sugestão surgiu durante a primeira reunião do Conselho Consultivo da Presidência Nacional do PT, nesta segunda-feira (21), com a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além de dirigentes do partido, participaram do encontro colaboradores históricos do PT, somando 31 pessoas.
Segundo Rui, “as pessoas se pronunciaram sobre os temas vigentes atualmente”, como a reforma ministerial e a condução da política econômica do País.
“Na opinião da maioria, como o PT já havia diagnosticado em seu congresso, é importante que haja (…) uma queda na taxa de juros, promovendo mudanças tributárias maiores do que as que estão propostas”, informou.
Entre as mudanças, estão a taxação sobre lucros e dividendos, sobre ganhos de rentistas e das grandes fortunas e heranças. “E mais no médio prazo uma grande reforma que muda a base do sistema, tornando-o mais justo, menos regressivo e que incida mais sobre a propriedade e a riqueza e menos sobre a produção, o consumo e os salários”, disse.
Outros temas da reunião foram a necessidade de democratização das comunicações e as mudanças na direção do partido. Rui Falcão ressaltou que o PT é o único a ter paridade de gênero em sua direção e as cotas étnico raciais.
O presidente do PT falou sobre a relação do partido com os movimentos sociais. Na próxima sexta-feira (26), a sociedade civil organizada realiza, com participação do PT, a Primavera Democrática, em São Paulo (SP).
Nos dias 2 e 3 de outubro, haverá atos pelo Brasil convocados pela Frente Brasil Popular. A mobilização ocorre em defesa da democracia, do mandato da presidenta Dilma Rousseff, por alterações na política econômica e em defesa da Petrobras.
“Nós consideramos que qualquer manifestação tendente a abreviar seu mandato ou forçá-la (Dilma) a renunciar, como foi o editorial recente de um jornal (Folha de S. Paulo) não tem cabimento na democracia que nós conquistamos com tanto esforço”, criticou, ao falar sobre os atos em prol da democracia.
Por Cristina Sena, da Agência PT de Notícias