A queda no número de acidentes de trânsito na cidade de São Paulo pode liberar 60 leitos de hospitais por dia na rede atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é a projeção da Prefeitura, que estima também redução de R$ 6,2 milhões em despesas hospitalares e quase R$ 60 milhões em custos sociais para o município.
Para avaliar o impacto de acidentes de trânsito na saúde pública, as secretarias municipais de Transportes e Saúde vão criar um grupo de trabalho para analisar os dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e da rede hospitalar municipal.
O anúncio do grupo de trabalho foi feito na última quinta-feira (29), durante reunião do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT).
A CET divulgou resultados do monitoramento de seis vias, em um total de 14 quilômetros, antes e depois da redução do limite de velocidade de 60 km/h para 50 km/h.
Houve queda de 22,1% na quantidade de acidentes e atropelamentos, diminuição de 25,2% no número de feridos e de 33,3% nas mortes no trânsito. As vias monitoradas foram as avenidas Luís Dumont Villares, Zaki Narchi e Ibirapuera e as ruas Clélia, Guaicurus e Dr. Zuquim.
“A expectativa é reduzir mais a cada mês o número de mortos e feridos na cidade”, disse o secretário de Transportes, Jilmar Tatto. Segundo ele, São Paulo ainda vive o que chamou de “massacre” no trânsito.
Em 2014, a cidade registrou 1.249 mortes decorrentes de acidentes no trânsito. Em 2012, São Paulo registrou 12 mortes para cada 100 mil habitantes. Atualmente, a cidade alcançou o patamar de 9,45 a cada 100 mil, o que equivale a 250 vidas poupadas em 2015.
A meta da capital para a Década de Segurança Viária da ONU é reduzir para 6 mortes a 100 mil habitantes até 2020.
“Os resultados são fruto de um conjunto de ações que a Prefeitura vem implementando na cidade com o Programa de Proteção à Vida. As faixas exclusivas para ônibus, as ciclovias, a redução do limite de velocidade, tudo isso contribui para dar mais segurança na mobilidade”, acrescentou Tadeu Leite, diretor de Operações da CET.
O Programa de Proteção à Vida foi iniciado em 2013, no início da atual gestão, e busca a redução de acidentes e atropelamentos na cidade ampliando uma série de ações para segurança de todos os agentes do trânsito, especialmente os pedestres.
A iniciativa inclui várias frentes, como o CET no Seu Bairro, a implantação de Áreas 40, da Frente Segura (bolsões de parada junto aos semáforos para motociclistas e bicicletas), das faixas de pedestres diagonais em cruzamentos de grande movimento e da redução de velocidade máxima para o padrão de 50 km/h nas vias arteriais.
Da Redação da Agência PT de Notícias, com informações da Prefeitura de São Paulo