“Do ponto de vista da Frente Brasil Popular, é claro que o povo brasileiro está torcendo para salvar o judiciário, porque não é o Lula que está no banco dos réus, é o Poder Judiciário”, afirmou o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Jão Pedro Stédile, em coletiva na cidade de Porto Alegre (RS) nesta segunda (22).
“Em Porto Alegre não vamos julgar o Lula, aqui quem está sendo julgado é o Poder Judiciário. Ele tem que dizer para o povo brasileiro se irá seguir a Constituição e os ditames da lei, ou se ele vai continuar seguindo a Globo, e fazendo sentenças de acordo com a vontade da burguesia brasileira”
Stédile reafirmou que independentemente dos possíveis resultados do julgamento em segunda instância, Lula deve ser candidato.
“Ele vai ser candidato, está comprovado pela justiça brasileira que o Lula poderá ser registrado candidato, depois, se os votos dados a ele serão válidos ou não, será o Tribunal Superior Eleitoral, e não mais câmaras penais como essa de Porto Alegre. O tema será resolvido politicamente e não nos autos do processo, como quer a Globo e e essa câmara que irá julgá-lo”.
Stédile ainda destacou que politicamente o Lula já está inocentado. “Faz sete anos que a Globo está falando mal dele, da família dele, da dona Mariza, dos filhos. O Lula já foi inocentado pelo povo brasileiro, e de acordo com todos os institutos a maioria do povo brasileiro quer votar no Lula”.
Questionado sobre o esquema de segurança na capital gaúcha, que inclui atiradores de elite, Marinha e Aeronáutica, Stédile disse que é um exagero causado pelo prefeito Nelson Marchezan.
“Muito exagero e muita firula provocada pelo prefeitinho. Ele que criou uma celeuma, quis chamar exército, mas a Frente Brasil Popular já esteve duas vezes em Curitiba com mais de mil pessoas e não houve um arranhão. As manifestações de Curitiba se deram na maior civilidade democrática possível e é isso que nós vamos fazer aqui”.
João Pedro Stédile ainda fez uma avaliação positiva do primeiro dia de atos em Porto Alegre , elogiou o comportamento da Brigada Militar de Porto Alegre e afirmou que espera ao menos cinco mil militantes dos movimentos do campo e um total de 30 mil pessoas para os atos dos dias 23 e 24.
Veja a coletiva na íntegra:
Da redação da Agência PT de notícias