O deputado estadual Renato Freitas (PT) do Paraná foi submetido a uma “inspeção aleatória” feita pela Polícia Federal quando ele já estava embarcado em uma aeronave no Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. Ele foi retirado do avião e passou por uma revista pessoal e em sua bagagem de mão realizada por um funcionário da companhia aérea Azul.
Renato publicou nesta quarta-feira (10) um vídeo mostrando a abordagem sofrida por ele na semana passada. O deputado filmou a sua saída do avião:
“Não sei o que está acontecendo, estou no avião, a Polícia Federal parou o voo e está querendo, me chamando, parece que sou suspeito de alguma coisa, quero saber do quê”, diz ele durante a filmagem, quando também conversa com um agente da PF.
O agente questiona se ele é deputado e se sabe como funciona o procedimento. Em seguida, o policial informa a ele que “quando o sistema pede para fazer tem que ser feito na mochila da pessoa e na pessoa, entendeu? Isso é feito o dia inteiro aqui”.
Renato Freitas retornou ao interior da aeronave, acusou a PF de racismo e afirmou que se sentiu humilhado com a ação, ao ser perguntado por uma passageira se estava tudo bem. “Tirando o fato de ser humilhado. Quantas pessoas desse voo saíram escoltadas pela PF para serem revistadas?”, questionou ele.
A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, pelo Twitter, manifestou solidariedade a Renato Freitas e também estranhou a “escolha aleatória” do deputado.
Outras lideranças políticas do PT também manifestaram apoio a Renato Freitas, como a deputada estadual Laura Sito, do Rio Grande do Sul, que classificou o ocorrido como racismo e lembrou da importância de um protocolo antirracista.
A Polícia Federal informou que apura o caso e disse que Freitas se recusou a passar pelo procedimento no aeroporto, porém a assessoria do deputado rebateu a versão, revelando que ele não se recusou a fazer a inspeção, e que a segurança responsável teria deixado ele “falando sozinho”.
De acordo com a nota, “(a segurança) o deixou falando sozinho quando disse que chamaria a PF. Passados alguns minutos e ninguém apareceu, o deputado se dirigiu ao avião de forma natural e tranquila, uma vez que não havia nada de ilícito com ele e quem acabou se recusando em fazer a revista foi a segurança do aeroporto”, afirma a nota.
Leia a nota divulgada pelo deputado estadual Renato Freitas sobre o episódio
Da Redação