Raquel Dodge – a procuradora que engavetou mais de 40 inquéritos contra MDB, PSDB e outros – prepara mais um ataque a Lula e ao Partido dos Trabalhadores. Segundo informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo, a procuradora-geral deve pedir ao TSE que o partido devolva a verba do fundo eleitoral enquanto não tirar Lula do páreo – mesmo que ainda hajam recursos pendentes na ONU e no STF.
Com essa manobra, ignora mais uma vez a determinação do Comitê de Direitos Humanos da ONU. Defensora contumaz dos tratados internacionais, ela fez um rodopio retórico para descartar o caráter vinculante da decisão durante o julgamento da candidatura de Lula.
É curiosa a celeridade de Dodge nos casos envolvendo o ex-presidente, apelando até para truques extrajudiciais no circo que impediu sua soltura, em 8 julho. Nem parece a mesma PGR ignorou de pronto um processo contra a chapa de Geraldo Alckmin e, meses antes, livrou o tucano de cair nas garras da Lava Jato.
Aos outros partidos, a procuradoria mais funciona como “gaveta” geral da República, bem ao estilo que consagrou a atuação do órgão nos anos 90. Desde que Dodge assumiu a PGR, mais de 40 inquéritos envolvendo políticos do MDB, PSDB e outros partidos da base aliada do golpe foram arquivados.
Por conta dessa atuação parcial, deputados do PT avaliam pedir o impeachment da procuradora. “A partir dali se desencadeou uma série de episódios estarrecedores que mostram quão corrompido está o sistema de justiça brasileiro”, defendeu o deputado Wadih Damous em entrevista recente.
Da Redação Agência PT de Notícias, com informações da Folha de S. Paulo