Desde que foi deflagrada a Operação Zelotes, que investiga o pagamento de propina por empresas privadas a conselheiros do Conselho de Administração de Recursos Fiscais, órgão vinculado à Receita Federal, a bancada do Partido dos Trabalhadores defende a criação de uma CPI para acompanhar os detalhes desse que é o maior esquema de sonegação e corrupção do país. Os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Helder Salomão (PT-ES) e Jorge Solla (PT-BA) foram indicados para compor a Comissão.
Na primeira reunião de trabalhos da CPI do Carf, na manhã desta quinta-feira (10), o colegiado aprovou convites para ouvir o procurador da República Frederico Paiva e o delegado da Polícia Federal Marlon Cajado, responsáveis pela investigação da Operação Zelotes. Também foram aprovados requerimentos para compartilhamento de informações por parte do MPF, PF, Justiça Federal com a CPI. A próxima reunião será na próxima terça-feira (17).
Vice-presidente da CPI do Carf, o deputado Pimenta enfatizou a importância da CPI já que, segundo ele, “ao que parece” a Zelotes desviou seu foco original. “Tememos que a Zelotes possa estar sofrendo pressão de grupos midiáticos par abafar a origem das investigações. Percebemos que o foco da operação foi desviado, até agora ninguém foi denunciado e foram abrindo investigações paralelas para atingir o meio político e até o governo”, denunciou o deputado Pimenta. “Não posso crer que o curso das investigações na PF seja ditado pelo interesse editorial do Jornal Nacional”, disparou.
Operação Zelotes – Deflagrada em março de 2015, a Operação nasceu para investigar o pagamento de propina e a compra de sentenças no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais da Receita Federal. Segundo as investigações, o prejuízo para os cofres públicos chega a R$ 20 bilhões. Grupos privados nacionais e multinacionais como Bradesco, Santander, Banco Safra, Mitsubishi, Gerdau e RBS, afiliada da Rede Globo, estão entre as investigadas.
Do PT na Câmara