Nos últimos quatro anos, as 34 unidades da Rede de Laboratórios Contra Lavagem de Dinheiro (Rede-Lab) identificaram R$22 bilhões em transações com indícios de ilegalidade e corrupção. Durante o período foram examinados 2.196 casos suspeitos e produzidos 2.785 relatórios que apoiaram as autoridades judiciais na captura de criminosos e a recuperação do dinheiro desviado.
Por meio do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), a Secretaria Nacional de Justiça (SN/MJ) investiu R$ 32,6 milhões na compra de unidades de análise de dados e apoio nas investigações contra fraudes financeiras.
Em 2014, foram inaugurados 15 novos laboratórios e em 2015 serão mais nove. As unidades são instaladas na Polícia Federal (PF), nos Ministérios Públicos Federal e Estadual, nas Secretarias de Segurança dos estados e na Receita Federal (RF).
Os laboratórios foram idealizados pela Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla). Eles atuam na análise de dados, especialmente de fontes cujos sigilos bancário, telefônico e fiscal foram quebrados pela justiça. Busca-se a identificação de atividades ilícitas, utilizando soluções tecnológicas, metodologia e profissionais especializados.
O primeiro laboratório foi instalado em 2007, na DRCI, que hoje coordena a Rede-Lab. O modelo começou a ser replicado em todo o País a partir de 2009. O MJ fornece os equipamentos e treina com orientações sobre as melhores práticas de gestão, análise e tecnologia. O órgão contemplado com o laboratório deve disponibilizar espaço físico e recursos humanos.
O DRCI informou que não há dados que possam trazer a diferenciação entre os crimes supostamente praticados. E somente haverá confirmação de corrupção, pessoas presas e recursos recuperados com o trânsito em julgado dos respectivos processos, na Justiça.
Da Redação da Agência PT de Notícias