A desigualdade causada pela concentração de renda no Brasil segue em queda e registrou, em 2013, o menor índice dos últimos nove anos. Dados da Síntese de Indicadores Sociais divulgada nesta quarta-feira (17) pelo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a renda dos 10% de brasileiros concentram 41,7% da renda per capita total do País.
Em 2008, a concentração de renda entre os mais ricos era de 43,6%. Ao comparar com 2004, o índice chega a 45,8% de toda a renda concentrada entre a população mais rica. Enquanto isso, a parcela dos 10% mais pobres compreendeu, em 2013, 1,2% do total da renda brasileira. Em 2004, esse índice era de 1%.
Também cresceu a renda da população acima dos 15 anos de idade, que estão inseridas no mercado de trabalho, com alta de 42,1% entre 2004 e 2013. Entre os trabalhadores com menor renda, esse crescimento foi maior, de 84,8%.
Houve ainda uma maior participação de fontes secundárias no incremento da renda das famílias que ganham até um quarto de salário mínimo por pessoa, como programas sociais, aplicações financeiras, rendimentos de aluguéis, bônus, aponta o IBGE. Para essas famílias, esse complemento representou um acréscimo de 37,5% do total dos ganhos domésticos, em 2013. Em 2004, era de 20,3%.
Mercado de trabalho – Cresceu 47,8% o número de pessoas no mercado formal de trabalho, nos últimos nove anos. Segundo o IBGE, essa é primeira vez, desde 2004, que a taxa de formalização ultrapassa a metade do total de trabalhadores com carteira assinada. O número passou de 45,7% para 58%, em 2013.
O número de pessoas em empregos considerados informais caiu 10,1% e compreendeu 42% do total de trabalhadores no ano passado. Enquanto isso, o rendimento médio dos trabalhadores informais corresponde a 57% do que paga a parcela da população com carteira assinada.
Por Flávia Umpierre, da Agência PT de Notícias.