Apesar de o lucro líquido de R$ 2,102 bilhões até setembro refletir um forte impacto da depreciação do real frente ao dólar, a Petrobras anunciou, na noite dessa quinta-feira (12), um resultado operacional de R$ 28,6 bilhões, nos nove primeiros meses de 2015, quase 149% maior que no mesmo período de 2014.
Em nota, a estatal informou ao mercado, após formalizar o comunicado à Bolsa de Valores de São Paulo (BM&F Bovespa), que “o aumento das despesas financeiras líquidas em função da desvalorização cambial e do acréscimo nas despesas com juros” resultaram na menor lucratividade.
O fluxo de caixa também sofreu redução, mas, ainda assim, foi positivo em mais de R$ 8,3 bilhões de janeiro a setembro.
Por outro lado, a empresa atribuiu a melhoria operacional ao aumento nas margens de venda de combustíveis no mercado interno a partir de novembro de 2014, maior produção e exportação de petróleo e redução de despesas com importação de derivados, como fatores positivos para a companhia.
No dia 30 de setembro, a estatal concedeu novo aumento de 4% às margens do diesel e 6% na gasolina, o que pode melhorar ainda mais o fluxo de caixa e o desempenho operacional do último trimestre do ano.
A Petrobras também esclareceu que os investimentos de R$ 55,5 bilhões no período (11% menores) se concentraram (78%) em suas atividades-fim do segmento de exploração e produção de petróleo no Brasil.
Outro destaque apontado pela estatal foi o crescimento de 6% da produção de petróleo e gás natural no país e exterior. A média de produção nos nove meses alcançou 2,790 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed).
“Em setembro, a produção de óleo e gás natural operada pela Petrobras na camada pré-sal se manteve acima de 1 milhão de boed”, apontou a nota.
Também destacou o incremento de 60% das exportações, com “melhora da balança comercial da Petrobras” e do país, conforme já havia se manifestado o Ministério do Desenvolvimento da Indústria e Comércio (Mdic).
Por Márcio de Morais, da Agência PT de Notícias