Partido dos Trabalhadores

Reunião “denunciada” por tucanos era apenas uma plenária com carteiros

Deputado Durval Ângelo diz que falava a carteiros que militavam na hora de folga pela sua reeleição e repudia acusação de uso da máquina pública

O deputado estatual de Minas Gerais Durval Ângelo (PT) conta que um discurso que fez para uma platéia de trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) está sendo distorcido pelo candidato tucano Aécio Neves.

“Minha candidatura possui, sim, o apoio e até a militância de trabalhadores dos Correios, assim como de diversas categorias, como servidores da saúde, da educação, trabalhadores da indústria extrativa das áreas de mineração e reflorestamento, e várias outras”, assegura.

A polêmica fabricada pelo PSDB usa um vídeo, no qual o deputado afirma que a candidatura Dilma Rousseff só teria alcançado 40% das intenções de votos no Estado por causa de “dedo forte dos petistas dos Correios”. O deputado diz que isso não significa que a empresa tenha sido utilizada para apoiar as atividades eleitorais.

“Não há, portanto, qualquer adesão da empresa Correios, mas de pessoas, que como quaisquer outras, têm o direito constitucional de, como cidadãs, se engajarem politicamente. Ademais, durante o processo eleitoral, a manifestação de apoio por parte de uma categoria é um ato comum e democrático. Os trabalhadores elegem quem melhor representa suas lutas e ideais”, acrescenta o deputado, em nota.

Durval afirmou que a adesão de funcionários, não só dos Correios como de outras categorias profissionais, à sua campanha de reeleição tem caráter individual, privado e pessoal, em nível particular, como estabelece o direito constitucional brasileiro.

Durval Ângelo relata, ainda, que teve o mesmo apoio dos profissionais dos Correios em eleições passadas, sobretudo por assumir a luta contra a privatização da empresa, pretendida pelo governo Fernando Henrique Cardoso.

“O apoio à minha candidatura é uma livre escolha desses trabalhadores, bem diferente do que vem acontecendo com funcionários públicos da Superintendência Estadual de Ensino e da Cemig, pressionados pelas chefias a aderirem às candidaturas tucanas; ou, ainda, quanto à convocação institucional de funcionários com cargos de confiança, feita pelo Secretário de Governo, Danilo de Castro, para que se engajassem na campanha do PSDB, fatos que ainda não ganharam destaque nos órgãos de imprensa”, diz.

Ângelo lembrou, ainda, que a reunião mencionada por alguns veículos da imprensa, na qual houve a gravação do vídeo que deu origem às denúncias, foi realizada fora do expediente de trabalho dos funcionários dos Correios. “Tratou-se de uma atividade normal da campanha, aberta e, inclusive, divulgada para a imprensa e postada nas redes sociais”, contextualizou, minimizando o estardalhaço das denúncias.

 

Por Márcio Morais, da Agência PT de Notícias